quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Final Europeia de Jovens Cientistas Investigadores

Olá a todos!
Foi entre 24 e 29 de Setembro que participamos na final europeia de jovens cientistas e investigadores em Lisboa, nesta etapa do concurso que contou com cerca de 150 jovens cientistas de 40 países, não ganhamos prémios mas ganhamos muita experiência e o respeito de todas as escolas Portuguesas pois estávamos a representar o nosso país.
Participamos nesta competição com o trabalho que desenvolvemos ao longo do ano lectivo 2009/2010- “Programa de Biomonitorização da Doença Vibroacústica”, e com o qual ganhámos o 18º Concurso Nacional de Jovens Cientistas e Investigadores. O nível de exigência nesta competição foi elevado pois o trabalho foi defendido perante o júri em inglês o que foi uma tarefa um pouco difícil. Interessante foi que com o hábito ao longo dos dias o nosso inglês foi ficando cada vez melhor.
Partimos de S.Miguel no dia 24 de Setembro e quando chegamos a Lisboa seguimos para o Museu da Electricidade a fim de montar o material no nosso stand. No fim do dia fomos encaminhados à Câmara Municipal de Lisboa onde o grupo foi recebido pelo vice-presidente que nos deu uma breve palestra sobre a História da cidade de Lisboa e onde tivemos a oportunidade de provar os famosos pastéis de Belém.
No dia 25 foi a abertura oficial do 22º Concurso Europeu de Jovens Cientistas e Investigadores – EUCYS 2010, com um espectáculo do grupo “Chapitô”. Tivemos ao longo do dia visitas de júris da especialidade que se mostraram muito interessados pelo nosso projecto. No final do dia fomos a Mafra visitar o Palácio de Mafra e jantar no refeitório do exército.
No dia 26 continuaram as visitas do júri e muitas visitas de escolas que ficavam muito fascinados com o nosso trabalho. Neste dia fomos escutar uma palestra no Pavilhão do Conhecimento no Parque das Nações proferida pelo professor Nuno Ferrand que nos deu uma ideia muito clara de muitos bons exemplos de investigação realizada por Portugueses em várias partes do mundo. No final da palestra tivemos oportunidade de “brincar” nas diferentes áreas deste pavilhão que dispõe de muitas actividades pedagógicas.
No dia 27 continuaram as visitas dos júris e de escolas e no fim do dia fomos a Cascais visitar a Casa das Histórias de Paula Rego, aqui encontrámos várias pinturas, esculturas dos mais variados autores, assistimos também a palestras relativas à temática da Fusão do Deutério e Lítio.
No dia 28, o último dia de Competição, fomos visitar o Oceanário. É um óptimo local para ver seres vivos nos seus habitats naturais. Só foi pena não termos tido oportunidade de ver o peixe lua. Gostei também da exposição de anfíbios é giro ver os sapos, rãs, salamandras entre outras criaturas. No fim da visita dirigimo-nos ao Centro Cultural de Belém a cerimónia de entrega de prémios. Infelizmente o nosso trabalho não foi um dos felizes contemplados, contudo, valeu a pena o convívio e a experiência internacional.
Em suma achei a nossa participação muito positiva pois todas as pessoas que visitavam o nosso stand gostavam muito do nosso trabalho e muitos colegas da nossa idade ficavam fascinados com todo o trabalho efectuado.

domingo, 6 de junho de 2010

Chegou o fim...


Depois de ter-mos chegado ao final do projecto, do ano lectivo e de já ter-mos feito um balanço final do trabalho desenvolvido ao longo do ano lectivo todo, apresento-vos um video que de alguma forma resume o trabalho efectuado no ano lectivo, na área extra-curricular de àrea de projecto. Durante este ano desenvolvemos muitas actividades e muitas técnicas que de alguma forma poderá ser-nos muito útil no nosso futuro. Uma mensagem para todos vós e que nada é impossivel e que em ciência tudo se faz, mas tem-se que gostar daquilo de que fazemos e faze-lo com esforço e vontade.

Abaixo entao está o video a resumir o trabalho efectuado durante o ano lectivo.


Desejo a todos umas boas férias e até uma próxima.

Filipe Amaral

Balanço final e agradecimentos...

Chegado ao fim do ano lectivo e à conclusão do nosso projecto, estamos na altura de fazer um balanço do trabalho que foi desenvolvido ao longo do presente ano. Para o desenvolvimento do nosso projecto realizamos muitas actividades que foram desde as saídas de campo para medições sonoras e recolha de espécimes até à elaboração das preparações definitivas com recurso às técnicas histológicas. O conjunto das muitas actividades desenvolvidas acaba por se juntar à metodologia, a qual foi indispensável para a conclusão do projecto. A metodologia utilizada foi muita específica e morosa e passou pela execução das técnicas histológicas até à análise dos produtos obtidos através das técnicas referidas. Para a realização da mesma contamos com alguns apoios referidos abaixo:

 Doutor Armindo Rodrigues e a sua equipa técnica;
 Senhor Carlos Trabuco;
 Senhor Ricardo Correia;
 Professora Alexandra Seara;
 Escola Secundária de Lagoa;
 Entre outros
, os quais estamos muito agradecidos pela sua ajuda prestada.



Muitos foram os resultados obtidos. Muito trabalho foi feito e valorizado. Muito aprendemos e muito nos esforçamos para tal. Todos os produtos que obtivemos foram conseguidos com esforço e com dedicação, porque com estes dois conceitos ligados à união e mesmo à humildade é que conseguimos chegar onde chegamos. Foram estas as razões que também contribuíram para que desenvolvêssemos o projecto da forma o mais correcta/honesta possível. Soubemos criticar e também soubemos ouvir as críticas. Foi um ano lectivo de muita aprendizagem e muito orgulho. Este ano lectivo não podia ter acabado de melhor forma. Por um lado obtivemos resultados muito positivos e que com estes podemos vir a alertar a sociedade para um problema que existe apesar de ser “silencioso” e afecta muitas pessoas, sem estas se aperceberam disso. Por outro lado estamos muito orgulhosos e muito felizes por termos arrecadado o 1ºPrémio do Concurso Nacional de Jovens Cientistas e Investigadores, no qual estiveram presentes 101 projectos de muitas escolas públicas e privadas.

Aqui ficam os nossos agradecimentos a todos os que tem seguido o nosso blogue e de certa forma o desenvolvimento do nosso projecto, porque como chegou ao fim do ano lectivo fechamos este blogue com esta reflexão feita do trabalho desenvolvido durante o ano lectivo todo. Em especial queríamos agradecer à nossa professora coordenadora por nos ter ajudado sempre, sabemos que a sua função como professora é ajudar-nos, contudo muitas das coisas que fez e o tempo de despendeu não era obrigada mas fez-lo. Dai querer-mos deixar um especial agradecimento à nossa directora, professora e coordenadora de projecto, da qual temos muito orgulho e que deixará muitas saudades.

Desejamos a todos umas Boas Férias e até à próxima…


Carla Raposo, Filipe Amaral, Nuno Almeida e Tiago Costa

sábado, 5 de junho de 2010

Concurso Jovens Cientistas Investigadores e IV Mostra da Ciência

“Parabéns Tiago, o teu grupo foi seleccionado para ir à mostra da Ciência…”, foi assim que ficamos a saber que tínhamos sido seleccionados para a IV Mostra da Ciência em Lisboa nos dias 27, 28 e 29 de Maio e mal sabíamos o feito que íamos conseguir.
Durante os dias da mostra da ciência o nosso stand foi muito visitado e todos aqueles que lá passaram adoraram o que ouviram, muitos até identificaram a patologia em seus familiares, contando-nos em que locais trabalhavam e os sintomas que sentiam devida à exposição de RBF`S e tudo se completava.
Mas tudo se resumia ao último dia em que iam ser divulgados os projectos que iam representar Portugal no Concurso Europeu de Cientistas e de entre muitas possibilidades o nosso projecto saiu vencedor arrecadando o 1º lugar, nem sei como explicar a alegria que sentimos foi algo imaginável ver centenas de pessoas a nos aplaudir, sermos o centro das atenção, foi indiscutivelmente uma sensação muito boa. Agora em Setembro vamos representar Portugal no Concurso Europeu mas até lá há muito trabalho a fazer pois o trabalho tem que ser traduzido para inglês e nós temos que falar em inglês mas tudo se irá fazer.
Em suma a experiência foi fantástica e queremos deixar a todos aqueles que sempre nos seguiram aqui no blogue ou na escola a nossa motivação pois sabe bem ver o nosso trabalho reconhecido.

Tiago Costa

domingo, 30 de maio de 2010

Um pouco de história...




Em 1980, o Doutor Nuno castelo Branco foi nomeado médico-chefe numa construção de uma aeronave promovida pela Air Force Português. O primeiro passo foi a visita às estações de trabalho de todos os trabalhadores para avaliar a natureza dos diferentes riscos ocupacionais, as possíveis situações de emergência que possam surgir e mesmos os tipos de protecção que seriam necessários para os trabalhadores. Estes aviões são postos em testes, em que nestes, os seus motores são postos a trabalhar em todas as velocidades possíveis. Durante um desses testes, o Doutor Nuno Castelo Branco observou um trabalhador começa a andar sem rumo e sem propósito na direcção das turbinas. Um outro colega de trabalho agarra-o pelo braço e o incidente fica por aí. Depois o trabalhador foi questionado sobre o que tinha acontecido, e chegou – se à conclusão que os movimentos involuntários feitos pelo trabalhador foram considerados como de natureza epiléptica.
Um segundo passo, depois de ter observado este acontecimento, foi realizar um levantamento de todos os registos médicos para contar em quantos técnicos já havia sido diagnosticado a epilepsia tardia. A partir daí e ao longo de alguns anos a pesquisa foi sendo realizada, estando resumida seguidamente:


1980 – Foi estabelecido que 10% dos 306 trabalhadores existentes, representavam no seu diagnóstico a epilepsia de inicio tardio;

1984-1988 – Houve a publicação dos primeiros artigos sobre os resultados iniciais do estudo da epilepsia e da hipersensibilidade ao ruído, também conhecida como intolerância ao ruído. Até este momento pensava-se que a doença conhecida como “Doença Vibratória”, era causada pela exposição à vibração/ruído. Estudos feitos por ressonância magnética mostraram anomalias no sistema nervoso central e quatro casos de derrame pleural; Setembro de 1987 – a autópsia a um técnico de avião revela a existência de dois tumores malignos nos rins, espessamento dos vasos sanguíneos e do pericárdio e fibroses pulmonar;

1989-1992 – Realizada outra autópsia, foram identificados espessamentos ao nível dos vasos sanguíneos e do pericárdio e que todos os técnicos da aeronave apresentavam anomalias no pericárdio e nas válvulas cardíacas. Simultaneamente, foram estudadas militares/técnicos/pilotos de helicópteros, e utilizados também ratos para investigar os efeitos que ocorriam no sistema respiratório, na tentativa de explicar os casos de derrame pleural existentes anteriormente;

1993-1999 – Durante uma reunião científica, o termo “Vibroacústica”, foi proposto para esta patologia. Estudos em animais mostraram que o sistema respiratório era a estrutura-alvo contra os ruídos/vibrações que provocavam a patologia, uma que foram identificados anomalias na quantidade de colagénio na traqueia, pulmões e pleura, alterações na capacidade fagocítica das células, e alterações na morfologia/funcionalidade da pleura;

Desde 2000 – exames efectuados a pilotos de aviação civil e tripulantes da cabina, revelaram a existência de outras patologias como a incapacidade da hiperventilação quando na presença de CO2 excessivo, e foram identificados mecanismos de morte celular no pericárdio, o que podia estar relacionados com a grande incidência de doenças auto-imunes. Todos estes exames realizados a pacientes com a patologia em questão, foram identificadas lesões em que havia uma anomalia na quantidade de colagénio.

Adaptado de:
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TBN-4KJTM7J-7&_user=10&_coverDate=04%2F30%2F2007&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1357085229&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=8df1c93029dab0054709e3eb837a5891

Filipe Amaral e Nuno Almeida

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Conclusões do nosso projecto

No início do nosso projecto levantamos duas hipóteses: «Será o Helix aspersa um bom bioindicador para futuras pesquisas relacionadas com a DVA?» e «Será a sua glândula digestiva é um bom biomarcador de efeito para o problema em estudo?». Durante todo o ano lectivo desenvolvemos o nosso projecto com o intuito de responder a essas questões.
Tendo em conta o nosso objectivo realizamos várias actividades: saídas de campo para medição sonora nos locais seleccionados com vista à averiguação da presença / ausência de ruídos de baixa frequência; saídas de campo para recolha dos espécimes nos diferentes locais previamente seleccionados (ver postagens: «1ªSaída de Campo», «Saída de Campo para recolha de Helix aspersa no local 3» e «Saída de Campo para recolha de espécimes no local controlo»); extracção das glândulas digestivas; desenvolvimento da técnica histológica para a elaboração de preparações definitivas (ver postagens: «Processo experimental após a extracção da glândula digestiva», «Da Inclusão à Microtomia», «Coloração» e «Montagem - a etapa final»; e análise e quantificação do tecido conjuntivo.
Agora no final do ano lectivo procedemos à análise dos dados adquiridos e à sua comparação. Inicialmente analisamos os gráficos das medições sonoras dos quatro locais, para verificarmos a presença/ausência de RBF’s (ver postagens: «1ª Saída de Campo para medição do som no local 1» e «Saídas de Campo para Medição sonora») e posteriormente analisamos os retículos obtidos através das preparações definitivas de cada local (ver postagens: «Actividades desenvolvidas nas férias», «Actividades desenvolvidas no mês de Abril» e «Análise dos retículos referentes aos locais 1 e 4»). Os resultados obtidos foram muito satisfatórios, pois a nível de medições sonoras tal como esperávamos nos locais 1, 2 e 3 existem RBF’s, logo os espécimes recolhidos estavam expostos ao agente causador da doença e no local 4, aquele que escolhemos como controlo verificamos a ausência de RBF’S. A nível da análise dos retículos das preparações definitivas, os resultados também corresponderam ao esperado, pois como esperávamos os Helix aspersa recolhidos nos locais 1, 2 e 3 possuem uma quantidade de tecido conjuntivo muito superior à de tecido epitelial. A percentagem de tecido conjuntivo varia de local para local, no entanto é sempre superior à de epitelial. No local 4 (controlo) verificamos o contrário, ou seja, a quantidade de tecido epitelial é superior à de conjuntivo.
Tendo em conta os resultados obtidos podemos afirmar que as hipóteses levantadas no inicio do nosso projecto estão correctas, ou seja, o Helix aspersa é um bom bioindicador para futuras pesquisas relacionadas com a DVA e a sua glândula digestiva é um bom biomarcador de efeito para o problema em estudo o que permitirá a intervenção precoce no desenvolvimento da patologia e deste modo pode vir a prevenir os efeitos mais graves desta doença. Sendo assim concluímos o nosso projecto respondendo às duas hipóteses inicialmente levantadas.

Carla Raposo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Actividades no mês de Maio



Neste mês de Maio irão ser realizadas várias tarefas com vista a finalizar o projecto desenvolvido durante todo este ano lectivo (2009/2010).

Neste mês irá ser realizada a microtomia dos blocos histológicos referentes ao local 3, posteriormente a sua análise microscópica, contagem de retículos e análise dos mesmos. Tal como nos períodos passados, iremos elaborar um relatório, neste caso, o último deste ano lectivo. Um dos principais objectivos do nosso projecto, é a participação na 18ª edição do Concurso Jovens Cientistas e Investigadores, para concretizarmos este objectivo, realizamos um poster científico que contém vários tipos de informação, como por exemplo, os objectivos do projecto, metodologia, discussão, conclusão, entre outros. Por último, iremos elaborar a apresentação final do nosso trabalho à comunidade escolar.




Nuno Almeida.

domingo, 16 de maio de 2010

Análise dos retículos referentes aos locais 1 e 4

Até ao momento a nível das preparações definitivas analisamos apenas os dados referentes aos locais 1 e 4 (ver postagem: «Actividades desenvolvidas no mês de Abril»). Tendo sido os resultados correspondentes muito satisfatórios, pois como esperávamos os Helix aspersa recolhidos no local 1, no qual estão sujeitos aos RBF’s de elevada intensidade possuem uma quantidade de tecido conjuntivo muito superior à de tecido epitelial. O que nos permite concluir que a exposição a estes RBF’s provocou nos Helix aspersa um maior desenvolvimento do tecido conjuntivo.
No local 4 (controlo) esperávamos que os espécimes possuíssem uma maior quantidade de tecido epitelial do que de conjuntivo. Pois como foi comprovado pelas medições sonoras nesse local não existem infra-sons e os restantes RBF’s não possuem valores em dB suficiente para que possam causar algum efeito no organismo (ver postagem: «Saídas de Campo para Medição Sonora»). Através da análise dos gráficos obtidos, após a análise das preparações definitivas das glândulas digestivas, referentes aos espécimes deste local, podemos concluir que tal como esperávamos a percentagem de tecido epitelial é muito superior à de conjuntivo.
Em suma o dados obtidos permitem-nos chegar à conclusão de que nestes locais as hipóteses levantadas no inicio do nosso projecto estão correctas, resta-nos agora proceder à análise dos dados referentes aos dois outros locais de modo a tirarmos conclusões e podermos finalizar o nosso projecto.


Carla Raposo e Tiago Costa

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Saídas de Campo para Medição Sonora

Foi durante as férias da Páscoa que realizamos saídas de campo para medição sonora, sendo os locais em falta o 2, 3 e o controlo.
No dia 30 de Março foram realizadas as medições sonoras nos locais 2 e controlo, sob orientação da nossa professora coordenadora (professora Alexandra Seara) e os colegas Filipe Amaral e Nuno Almeida.
No local 2 foram realizadas as 3medições sonoras no período de 10 minutos cada, obtendo um valor médio de 60,3 dB (A).
No local controlo foram apenas realizadas 2 medições sonoras mas cada uma com 10 minutos, obtivesse um valor médio de 40,5 dB (A).
Dias mais tarde foram realizadas as medições sonoras no local 3 sob a atenção dos alunos Carla Raposo e Tiago Costa juntamente com o professor Alexandre Oliveira, neste local também foram realizadas as 3 medições de 10 minutos, o valor médio obtido foi de 58 dB (A).
Em suma podemos constatar que a nossa hipótese referente à presença de RBF´S nos locais escolhidos está correcta, pois os locais onde existe maior ruído são os locais 1,2 e 3, sendo o local com menor ruído o controlo.

Tiago Costa

terça-feira, 27 de abril de 2010

Actividades desenvolvidas no mês de Abril

Próximos do fim deste ano lectivo, estamos perante também do nosso projecto. Chegados de férias, demos continuação ao trabalho realizado nas férias, e assim continuamos a desenvolver o nosso trabalho. Durante o mês de Abril realizamos muitas activdades, sendo que a maioria delas foram realizadas nas férias, e as restantes durante as aulas de Área de Projecto. As actividades desenvolvidas foram:

  • Análise das amostragens dos locais 1 e 4;
  • Legendagem das imagens obtidas;
  • Saídas de campo para medição sonora nos locais 2, 3 e4;
  • Pesquisa de informação e elaboração de textos informativos;
  • Realização do relatório e de um video informativo para enviar para o concurso em que participamos.





Como já foi referido no video, agora resta-nos trabalhar e acabar o nosso projecto, pois a sua conclusão está mesmo "à porta".

Nuno Almeida

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Actividades desenvolvidas nas Férias

Um dos objectivos traçados para o 3ºperiodo foi a participação no 18ºConcurso Jovens Cientistas e Investigadores. O concurso terá lugar em Lisboa no Museu da Electricidade, nos dias 27 a 29 de Abril. Para podermos participar no concurso, durante as férias tivemos que proceder a uma série de actividades, com vista a realizarmos o relatório para a posterior entrega do mesmo.


Começamos por analisar as amostragens do local 1 (local com presença de RBF´s) e do local 4 (local controlo), para quantificar o tecido conjuntivo e epetelial para posterior comparação. Realizamos também as restantes medições sonoras nos restantes locais (2, 3 e 4), mas apenas foram utilizados os registos sonoros do local 4, pois foram seleccionados para o presente concurso apenas dois locais (1 e 2). Para a comparação dos resultados das amostragens utiliza-se a técnica do retículo, em que para quantificar a quantidade de tecido conjuntivo/epitelial presente nas amostragens temos que colocar uma folha de acetato com 168 pontos formando o retículo sobre a zona que queremos analisar, contando-se o número de pontos referentes a cada um dos tecidos. Para chegarmos à percentagem faz-se uma regra de 3 simples.

Assim de uma maneira geral, as actividades realizadas nas férias foram:
• Medições sonoras locais 2, 3 e 4 e posterior análise;
• Análise das amostragens dos locais 1 e 4;
• Inicio da elaboração do relatório para o concurso.


Um futuro passo será a realização de blocos histológicos para os locais 2 e 3, e posterior análise das amostragens, como forma de aprofundarmos os resultados até agora obtidos.

Filipe Amaral

terça-feira, 13 de abril de 2010

Formação com o Sr. Ricardo Correia e com o Dr. Armindo Rodrigues


As últimas semanas de aulas e mesmo as duas semanas que tivemos de interrupção lectiva foram muito positivas para o nosso grupo em termos de desenvolvimento do projecto. Foram muitas as actividades realizadas (posteriormente serão aqui indicadas quais foram essas actividades) o que nos permitiu tirar já algumas conclusões. Contudo para que isso fosse possível contamos novamente com a ajuda de muitas pessoas. Duas delas foram o Sr. Ricardo Correia e o Dr. Armindo Rodrigues.
O Sr. Ricardo Correia técnico da Zmway, empresa que forneceu o equipamento necessário para a análise histológica, deu-nos formação sobre como manusear o microscópio e o programa necessário para a obtenção das imagens digitais das preparações definitivas da glândula digestiva dos Helix aspersa. Durante esta formação aprendemos muitas coisas novas além das já referidas anteriormente, entre elas qual é a objectiva que o microscópio se deve encontrar quando retiramos uma lâmina, quais os cuidados a ter quando se procede à limpeza do microscópio, entre outras, a postura que devemos adoptar quando estamos a utilizar o microscópio, entre outras.
Outra formação que tivemos foi com o Dr. Armindo Rodrigues, que já nos ajudou anteriormente (ver postagem: «Formação com o Dr. Armindo Rodrigues»). Desta vez ensinou-nos a melhor forma para analisarmos os dados que já adquirimos. Para tal inicialmente explicou-nos como distinguir tecido conjuntivo de tecido epitelial nas preparações definitivas para que deste modo a nossa análise das mesmas seja a mais correcta possível. O Dr. Armindo deu-nos algumas indicações muito importantes sobre o rumo a seguir para que o nosso projecto seja concluído com o máximo sucesso possível.
Em suma as duas formações que tivemos foram muito importantes para o desenvolvimento do nosso projecto e por isso queremos agradecer a disponibilidade, atenção e empenho que estes dois senhores tiveram para connosco.

Carla Raposo

segunda-feira, 22 de março de 2010

Actividades previstas para o 3ºPeríodo

Com base na planificação e nas actividades desenvolvidas durante o 2ºPeríodo, temos previsto para o próximo período as actividades mencionadas no video abaixo. Com a conclusão do projecto "a bater à porta", só temos que meter mãos ao trabalho para assim o finalizar.
Boa Páscoa e umas boas Férias!



Cumprimentos: Filipe Amaral e Nuno Almeida

Actividades desenvolvidas durante o 2ºPeríodo

O video seguinte mostra as actividades que foram desenvolvidas durante este período. Mais um período passado, e a conclusão do projecto está cada vez mais próxima.



Cumprimentos:
O grupo

segunda-feira, 15 de março de 2010

Saída de Campo para recolha de espécimes no local controlo

Foi no passado dia 5 de Março que realizámos mais uma saída de campo com intuito de recolher os Helix aspersa referentes ao local controlo, contando desta vez com a ajuda de técnicos da universidade dos Açores. Foram recolhidos no local controlo 13 caracóis dos quais apenas 11 foram admitidos para o processo experimental.

No seguinte vídeo estão presentes algumas fotos da saída de campo.

Tiago Costa

domingo, 14 de março de 2010

Hiperplasia


A hiperplasia é uma proliferação de células dentro de um órgão ou tecido. Devido ao envelhecimento as células vão perdendo a capacidade de sofrer mitose pois não podem mais duplicar o seu DNA devido a falta de polimerases (a polimerase é uma enzima que catalisa a reacção de polimerização de ácidos nucleicos a partir dos seus monómeros) dentro do núcleo celular, pois essa molécula vai se perdendo à medida que a célula se multiplica durante toda a vida. Por este motivo as pessoas idosas não possuem um corpo atlético, pois as células já estão envelhecidas.
A Hiperplasia é causada pela produção local de factores de crescimento, aumento dos receptores dos factores de crescimento nas células envolvidas ou na activação de determinadas vias de sinalização intracelular. Todas essas alterações levam à produção de factores de transcrição que activam muitos genes celulares, incluindo os genes que codificam os factores de crescimento, receptores para os factores de crescimento e reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação celular.
Na hiperplasia hormonal, as próprias hormonas podem actuar como factores de crescimento e desencadear a transcrição de vários genes celulares. O aumento no volume do tecido celular após alguns tipos de perda celular ocorre tanto através da proliferação das células restantes como também pelo desenvolvimento de novas células a partir de células estaminais.
A hiperplasia, pode causar, a proliferação da camada basal da epiderme para compensar a perda de pele, a resposta inflamatória crónica, disfunções hormonais, ou a reparação de danos ou doença em outros lugares. Pode ser inofensivo, e ocorrem em um tecido específico. Esta pode também ser induzida artificialmente, injectando hormonas de crescimento.
A hiperplasia também pode ocorrer de forma anormal, e é associado com uma variedade de doenças clínicas. Algumas das mais comummente conhecidas formas clínicas de hiperplasia ou de condições que conduzem à hiperplasia, são:

• A doença de Cushing - Fisiopatologia da hiperplasia do córtex adrenal devido ao aumento do nível circulante de ACTH (hormona adrenocorticotrófico);
• Hiperplasia do endométrio;
• A hiperplasia prostática benigna, também conhecida como a ampliação da próstata;
• Entre outros.


http://mymemory.translated.net/pt/English/Portuguese/hyperplasia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperplasia


Nuno Almeida

quinta-feira, 11 de março de 2010

“Aspectos morfológicos do pulmão em doentes com a doença vibroacústica”


Segundo o doutor Nuno Castelo Branco, o aparelho respiratório é identificado como estrutura - alvo do ruído de baixa frequência (ver postagem “RBF´s”).
Os primeiros casos clínicos de patologia respiratória estudados, causados pela exposição a estes ruídos, dizem respeito a três casos de derrames pleurais (ver postagem “Derrames pleurais”).


Um estudo realizado pelo Doutor Nuno Castelo Branco mostra que no grupo de indivíduos estudados, foram encontrados a existência de fibrose focal nos pulmões dos mesmos. Só partir de 1992, com a investigação em modelos animais, os pulmões destes animais revelaram uma redução do número de microvisilidades da pleura, uma perda da capacidade fagocítica das células do mesotélio (ver postagem “Mesotélio”), sendo que ainda foram identificadas a mesma patologia nos doentes estudados, a fibrose focal nos pulmões.

Numa cirurgia a dois tumores do pulmão em doentes (sendo um dos doentes não fumador) com a DVA, foram recolhidos fragmentos de pulmão e da pleura. Estudos histológicos e ultra estruturais destas amostras revelaram:

• A existência de fibrose acentuada da pleura;
• A existência de deformação dos alvéolos pulmonares com fibrose intensa irregularmente distribuída;
• Que os pneumocitos tipo II (células epetiliais que sintetizam e secretam fosfolipídos e proteínas para os alvéolos pulmonares, onde se forma uma camada fina lipoproteica, em que a sua função é manter a estabilidade da superfícies dos alvéolos pulmonares) são as células dominantes, apresentando muitas delas, características da morte celular.

Adaptado de:

http://www.google.pt/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=5&ved=0CBgQFjAE&url=http%3A%2F%2Fwww.sppneumologia.pt%2Fdownload.php%3Fpath%3Dpdfs%26filename%3DRPP_2002_5_485_RPP_VIII_5_Cong_Feira_CO.pdf&rct=j&q=aspectos+morfologicos+do+pulmao+em+donetes+com+a+doen%C3%A7a+vibroacustica&ei=mfKYS-WyLY6y0gTTiaHvCw&usg=AFQjCNFgTCVNgnl5TUOeHtFFE3sWYZJaUw

Filipe Amaral

terça-feira, 9 de março de 2010

Biorritmo, Reprodução e Habitat do Helix aspersa


O Helix aspersa é um molusco, com já foi referido anteriormente (ver postagem: «Caracterização taxonómica e morfológica de Helix aspersa»).
O seu biorritmo em estado selvagem divide-se em três períodos distintos: o período de actividade (durante a Primavera, Verão e Outono), o de estivação (estado em que as suas funções biológicas são reduzidas ao mínimo e que pode durar de um a seis meses) que decorre dentro do período de actividade sempre que as condições de temperatura e humidade não sejam as mais propicias ao seu desenvolvimento e o período de hibernação, durante quase todo o Inverno.
Durante o período de actividade o Helix aspersa desenvolve-se com temperatura amena, entre os 18ºC e os 22ºC e uma humidade atmosférica elevada, entre os 70% e os 80%. Sendo esta a razão pela qual os podemos observar após um período de chuva, mas quando estas condições não estão presentes e a temperaturas é elevada e humidade reduzida entram em estivação até que os valores ideais sejam novamente atingidos. Contudo o caracol de jardim comum suporta temperaturas elevadas desde que estas sejam acompanhadas por um aumento de humidade. Abaixo dos 10ºC o caracol hiberna e abaixo dos 0ºC congela e morre.Quando estes se encontram em actividade dedicam-se exclusivamente a alimentar-se e a reproduzir-se.
O Helix aspersa é ovíparo, podendo originar anualmente cerca de duzentos ovos com uma taxa de eclosão na ordem dos 50%, ou seja, cem novos caracóis. O acasalamento e postura entre dois caracóis ocorre entre duas a quatro vezes por ano dependendo maioritariamente das condições climatéricas variando a quantidade de ovos por postura de indivíduo para indivíduo.
No site seguinte: http://www.arkive.org/garden-snail/helix-aspersa/video-09b.html podem ser observados vídeos em que Helix aspersa está a alimentar-se, a «acordar» da hibernação e a acasalar.

Fonte:
http://www.biojogral.com/scripts/default.asp?art_id=40
Carla Raposo e Tiago Costa

terça-feira, 2 de março de 2010

Mesotélio


Como já foi referido anteriormente (ver postagem «Pleura») os derrames pleurais podem ser causados pela perda de capacidade fagocítica das células mesoteliais.
As células mesoteliais como o próprio nome indica constituem o mesotélio, mas o que é o mesotélio?
O Tecido Epitelial (ver postagem «Tipos básicos de tecidos») pode ser dividido em dois grandes grupos tendo em conta a sua estrutura e função: epitélios de revestimento e epitélios glandulares. Como o próprio nome indica os epitélios de revestimento têm como principal função cobrir a superfície externa do corpo ou revestir as cavidades do corpo. Estes possuem várias classificações tendo em conta o número de camadas de células e as características morfológicas das mesmas. O mesotélio é um tecido epitelial de revestimento simples (pois possui uma única camada de células) e pavimentoso (uma vez que as suas células são achatadas como um pavimento).
O mesotélio reveste as cavidades do corpo como a pleura, pericárdio (ver postagem: «Pericárdio»), peritoneu (membrana extensamente serosa, formada essencialmente por tecido conjuntivo, que reveste o interior das paredes da cavidade abdominal e expande-se para cobrir a maior parte dos órgãos que contém). As principais funções do mesotélio são: facilitar o movimento das vísceras (cada um dos órgãos que estão contidos nas cavidades do corpo, como o cérebro, os pulmões, o coração, o fígado, etc.), transporte activo por pinocitose de moléculas importantes para o organismo e secreção de moléculas biologicamente activas.

Fontes:

http://www.estsp.pt/~ap10050317/HE/Epit%E9lio%20simples%20pavimentoso.htm


http://evunix.uevora.pt/~fcs/HistoVet_tecidosbasicos.htm

http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=vísceras

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=58

http://www.cynara.com.br/histologia.htm

Junqueira, L.C., Carneiro, J.. Histologia Básica. 2004. Editora Guanabara Koogan S.A.. 10ª Edição

Carla Raposo

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Aspectos sobre a Doença Vibroacústica

Ao longo do nosso trabalho identificamos a existência de várias alterações no organismo de indivíduos com a Doença Vibroacústica, tendo por base vários estudos nacionais, muitas das quais já foram divulgados no blogue.
Tal como na maioria das patologias a DVA possui ainda vários aspectos em estudo sendo alguns deles os seguintes:

1º Susceptibilidade individual é factor contaminante
A susceptibilidade individual é um factor determinante, pois estudos realizados utilizando ratos comprovam que bebés em que as mães são expostas a Ruídos de Baixas Frequências durante o período de gestação apresentam lesões graves mesmo passando um ano em silêncio após o seu nascimento. Para além disso estes animais apresentam também comportamentos diferentes comparando com bebés gerados em ambientes calmos.

2º O espessamento do pericárdio é acelerado na presença de Infra – sons (menos de 20 hertz)
Foram realizados ecocardiografias a pilotos e tripulantes de cabina de aviação comercial, através desses dados foi possível concluir que o espessamento do pericárdio era superior nos pilotos, apesar de tanto os pilotos como os tripulantes possuírem o mesmo número de anos de trabalho, logo de exposição a RBF’s. Em medições sonoras realizadas na cabina e cockpit (onde os pilotos trabalham) foi identificado um nível de infra-sons estaticamente mais elevado do que na cabine, logo é possível concluir que o espessamento do pericárdio é acelerado pela presença dos Infra – sons.

3º O Sistema Respiratório é alvo dos RBF's
Como já foi referido anteriormente (ver postagem «Efeitos dos RBF`s no Sistema respiratório») o Sistema Respiratório é um grande alvo dos RBF's, pois as baixas frequências provocam pequenas hemorragias na superfície pulmonar e caso a exposição seja superior a 4 anos são identificadas queixas brônquicas.


Fonte:
http://www.cm-seixal.pt/NR/rdonlyres/651998F5-6E7A-4835-BACE-5BFD4D00F02D/1140/11_1_doenca_vibroacustica_3.pdf
Tiago Costa

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Actividades desenvolvidas durante o mês de Fevereiro

No video a seguir, iremos mostrar as actividades que foram desenvolvidas durante este mês de Fevereiro.



Filipe Amaral e Nuno Almeida

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Saída de Campo para recolha de Helix aspersa no local 3

No passado dia 8 de Fevereiro realizamos uma saída de campo para recolha de Helix aspersa no local 3.
Encontramos 3 espécimes aos quais procedemos à medição da massa e da largura. Estes possuíam entre 5,0 - 5,8 gr e 2,4 - 2,5 cm de largura. Após este processo extraímos a glândula digestiva e demos início ao restante procedimento experimental: fixação, desidratação e inclusão (ver postagem: «Processo experimental após a extracção da glândula digestiva»).
No vídeo seguinte surgem fotos do procedimento experimental realizado até à formação dos blocos histológicos.


Carla Raposo e Tiago Costa

Cancros no Sistema Respiratório



Como já foi referido anteriormente, os RBF´s podem causar danos no sistema respiratório (ver postagem “Efeitos dos RBF´s no sistema respiratório”), entres eles e sendo os mais graves, os cancros no sistema respiratório.
As células do nosso organismo estão sujeitas a mecanismos que permite a sua divisão ordeira ao longo do tempo. Quando ocorrem erros durante os mecanismos responsáveis por estas divisões, a célula entra em proliferação anormal, dando origem a um cancro.

Existem muitos cancros no sistema respiratório, estando os principais representados a seguir:

Cancro do pulmão – A maior parte dos cancros que aparecem nos pulmões têm inicio nas células dos pulmões. Mais tarde este cancro pode propagar-se (metastasia) ao pulmão inteiro a partir de outras partes do organismo. Certos cancros no pulmão podem desenvolver-se devido a outras doenças pulmonares, como a tuberculose e a fibrose pulmonar (ver postagem “
Fibrose Pulmonar”). Algumas das causas do cancro do pulmão são: exposição à radiação, ao arsénico, ao crómio, ao gás mostarda e à exposição aos RBF´s (ver postagem “RBF´s”), sendo o maior causador do cancro do pulmão, o tabaco. Existem muitos sintomas que estão na origem desta patologia, sendo importante referir os seguintes: falta de ar, tosse com sangue, inchaço e dor no peito, dor na coluna vertebral (região dorsal), perda de peso e de apetite, fadiga e febre.

Cancro da laringe – como o cancro do pulmão, a principal causa deste cancro é sem dúvida o tabaco. As substâncias cancerígenas presentes neste hábito, pode provocar a transformação anómala de algumas células da mucosa laríngea, como as metaplasias (ver postagem “
Patologias associadas à doença Vibroacústica”) causados pela exposição aos RBF´s que também podem provocam este tipo de alteração. Deste modo, as células começam a multiplicar-se exageradamente, o que dá origem a um tumor que cresce, invade as estruturas adjacentes e se dissemina para outros tecidos e órgãos afastados, dando origem a outros cancros (metástases).

Cancro da traqueia e dos brônquios – o cancro da traqueia e dos brônquios são os mais raros e a sua principal causa é a invasão de um cancro nestas estruturas, por parte do mesmo no pulmão. O tratamento destes cancros é geralmente efectuado por uma intervenção cirúrgica, dependendo do estádio clínico dos mesmos.

Cancro da pleura – a inalação do amianto é a principal causa do aparecimento de um cancro nas duas membranas que revestem os pulmões, a pleura (ver postagem “
Pleura”). Quando inalado, as fibras de amianto depositam-se e fixam-se profundamente nestas membranas causando cicatrizes nas mesmas, podendo dar origem a um cancro. Uma das outras causas do aparecimento deste cancro é a exposição a RBF´s, que dá origem a metaplasias.
Entre estes cancros apresentado anteriormente, existem ainda outros, dos quais fazem parte o cancro da faringe e o cancro das fossas nasais.

Adaptado de:
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/investigativemedicine/1739906-sistema-respirat%C3%B3rio-tumores

http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D71

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=204

http://wwwangeldebiblog.blogspot.com/2009/04/cancro-na-pleura-tumores-na-pleura.html

http://www.medicinadotorax.com.br/?system=news&id=317&eid=199


Filipe Amaral

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pleura


A pleura é a cavidade do corpo que envolve os pulmões, é uma membrana fina, que se dobra sobre si mesma para formar duas camadas de tecido que são separadas por uma pequena quantidade de líquido pleural. O espaço entre estas camadas é designado “Cavidade Pleural ”.

A pleura externa (pleura parietal) está ligada à parede torácica e a pleura interna (pleura visceral) cobre os pulmões e outras estruturas. A pleura parietal é muito sensível à dor, enquanto que a pleura visceral não é, devido à sua falta de enervação sensorial. Quando ocorre inflamação na pleura, esta torna – se mais rugosa e espessa (Derrame pleural inflamatório).

Algumas causas para o desenvolvimento da mesma são como por exemplo Pneumonia, Tuberculose, perda de capacidade fagocítica das células mesoteliais, entre outras. Sintomas desta patologia são dores ao respirar de modo que quem a possui respira superficialmente para não sentir a dor, devido a esta respiração curta certas zonas dos pulmões são afectadas ficando assim, sem ar. Os sinais e sintomas variam conforme a causa do derrame. Por vezes a dor sente – se no ombro do lado em que ocorreu o derrame pleural, a pessoa pode ter tosse, febre e falta de ar. Geralmente se sente falta de ar quando o derrame pleural é volumoso.

Adaptado de:

http://www.medterms.com/script/main/art.asp?articlekey=4945
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?327

Nuno Almeida

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Broncoscopia



A broncoscopia é um exame visual directo realizado na Laringe e nas vias respiratórias através de um tubo de observação de fibra óptica (um broncoscópio). O broncoscópio contém uma luz na extremidade que permite ao médico observar os brônquios. Utiliza-se um broncoscópio, pois este é flexível para extrair secreções, sangue, pus e corpos estranhos, assim como para colocar medicamentos em áreas específicas do pulmão e investigar a causa duma hemorragia. Caso se observe um cancro no pulmão, o médico pode examinar as vias respiratórias e colher amostras de qualquer zona suspeita. A broncoscopia é necessária para a recolha de amostras de organismos que estejam a provocar uma pneumonia e que são difíceis de obter e de identificar por outros meios. Este exame é especialmente útil para obter amostras de deficiências do sistema imunitário, como por exemplo a SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). No caso de pessoas com queimaduras ou inalação de fumo, a broncoscopia contribui para avaliar o estado da laringe e das vias respiratórias.

A lavagem broncoalveolar é um procedimento que os médicos utilizam para obter amostras das vias respiratórias mais pequenas, que pelas quais não se podem observar através de um broncoscópio. Depois de ajustar o broncoscópio dentro da via respiratória, o médico insere água salgada (solução salina) através do instrumento. A seguir, aspira-se o líquido que contem células e algumas bactérias que encontram – se no interior do broncoscópio. O exame dessas substâncias ao microscópio contribui para diagnosticar alguns cancros e algumas infecções.

A biopsia transbrônquica pulmonar consiste na obtenção de uma amostra de tecido pulmonar através da parede dos brônquios. Extrai-se um fragmento de tecido de uma zona suspeita introduzindo um instrumento de biopsia através do tubo do broncoscópio e, a seguir, chega-se ao interior da zona suspeita atravessando a parede de uma das vias respirsatórias. Utiliza-se um fluoroscópio como guia para identificar a zona a visualizar e assim diminuir o risco de uma perfuração acidental do pulmão. Apesar de a biopsia transbrônquica pulmonar aumentar o risco de complicações, muitas vezes traz informação complementar para o diagnóstico, podendo também evitar uma intervenção cirúrgica.

Depois de realizada a broncoscopia, o doente permanece em observação durante várias horas. Caso seja removida alguma amostra, fazem-se radiografias do tórax para controlar possíveis complicações.


http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D58%26cn%3D708

Nuno Almeida.

Insuficiência Respiratória


Considera – se que um indivíduo tem Insuficiência Respiratória quando não existe uma adequada troca de gases entre o ar e o sangue a nível pulmonar.
Em condições normais um indivíduo ia no tecido pulmonar efectuar uma troca de gases, através das paredes dos alvéolos e dos capilares sanguíneos, na qual o oxigénio (02) proveniente do ar inspirado passa para o sangue com vista a ser captado pelos glóbulos vermelhos e ser distribuído por todo o corpo, enquanto que o dióxido de carbono (CO2), passa do sangue para o exterior pela expiração.
Em caso de insuficiência respiratória, produzem-se duas situações negativas: a primeira é a descida do nível sanguíneo devido há falta de oxigénio a que se dá o nome de hipoxemia.
A outra situação é possível se o organismo não conseguir eliminar todo o dióxido de carbono gerado no metabolismo, fazendo com que o nível sanguíneo supera os valores normais até se tornar tóxico, o que se conhece como hipercapnia, sendo em muitos casos o principal problema a hipoxemia.
Considera-se que existe uma insuficiência respiratória quando a pressão arterial parcial de oxigénio (PaO2) é inferior a 60 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou quando a pressão arterial parcial de dióxido de carbono (PaCO2) é superior a 50 mm Hg.

CAUSAS

A insuficiência respiratória pode ser provocada por várias doenças, de diferentes naturezas, que acabam por alterar algum dos factores dos quais depende a troca de gases entre o ar e o sangue a nível pulmonar:
  • a ventilação pulmonar, que corresponde a entrada e saída de ar dos pulmões;
  • a difusão alveolocapilar, ou seja, a transferência de gases entre os alvéolos pulmonares;
  • a perfusão pulmonar, ou seja, a irrigação sanguínea dos alvéolos pulmonares.

A falha de qualquer um destes três factores é suficiente para provocar uma situação de insuficiência respiratória, o que explica a grande quantidade de doenças capazes de provocar este problema.


Fonte:
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=232

Tiago Costa

Espirometria

Como já foi referido anteriormente na postagem “Efeitos dos RBF´s no Sistema Respiratório”, estes são capazes de provocar sérios danos no mesmo. Assim, existem vários exames que podem ser realizados, com vista a identificar estes danos. Entre estes exames o mais usual é a Espirometria (onde se usa um Espirómetro).



O que é a Espirometria?
É um exame que permite medir (volume) o fluxo de ar nas vias respiratórias ou brônquios, ou mesmo verificar se existe obstrução das mesmas estruturas referidas ao fluxo do ar. Permite também verificar se as vias respiratórias estão anormalmente contraídas.

Para que serve?
A espirometria serve para fazer investigações de certos sintomas respiratórios, como a tosse, pieira, falta de ar, entre outros. Permite realizar um diagnóstico e uma avaliação de algumas doenças, como a asma e bronquite. Esta também mede a incapacidade funcional dos pulmões, permitindo também realizar uma avaliação pós-operatória, após uma operação realizada aos mesmos.

Alguns cuidados a ter antes de realizar o exame:

• Pode e deve comer uma refeição ligeira;
• Se for fumador, não deve fumar 2 horas antes do exame;
• Não deve ingerir bebidas com cafeína 1 hora antes do exame (café, chá preto, coca-cola);
• Deve trazer roupa confortável;
• Deve trazer os nomes dos medicamentos que está a tomar e exames anteriores.



Adaptado de:

http://www.imunoalergologia.com/Espirometria.pdf
http://www.cardioluxor.com/site/exames/espirometria

Filipe Amaral

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Fibrose Pulmonar


O sistema respiratório é um dos principais alvos dos RBF´s, estes causam diversos efeitos conforme o tempo de exposição como já foi referido anteriormente (ver postagem: «Efeitos dos RBF’s no sistema respiratório»). Quando a exposição é prolongada os efeitos sobre o organismo são mais graves, podendo o ser vivo desenvolver por exemplo fibrose pulmonar.
Esta doença consiste na substituição do tecido pulmonar normal por um tecido cicatricial. Pode ter diversas causas, mas na maioria das vezes é causada pelas DIP (Doenças Intersticiais Pulmonares). Neste grupo estão incluídas cerca de 10 patologias que têm em comum o facto de provocarem inflamação dos alvéolos pulmonares, ocorrendo posteriormente a sua cicatrização originando a fibrose pulmonar. As DIP podem ser causadas por alterações no sistema imunitário, infecções, poeiras minerais (sílica, carbono, gases e vapores (cloro, dióxido de enxofre) libertados pelas indústrias por exemplo, radioterapia ou radiação industrial ou substâncias tóxicas.
Os sintomas característicos são tosse, perda de apetite e consequente diminuição da massa corporal, cansaço e dores ligeiras no peito, contudo estes dependem da deterioração pulmonar, da evolução da doença e do aparecimento de complicações tais como infecções e insuficiência cardíaca. Com o evoluir da doença a concentração de oxigénio no sangue diminui o que provoca uma sobrecarga no coração o que irá causar a insuficiência cardíaca característica comum numa doença pulmonar. Esta diminuição de concentração de O2 é também responsável pelo facto de as extremidades dos dedos ficarem mais grossas e a pele adquirir um tom azulado.
São várias as formas de diagnosticar esta patologia pode realizar-se uma radiografia ao tórax a qual pode mostrar a existência de quistos ou cicatrização nos pulmões, mas em muitos casos pode não se verificar nenhuma imagem, apesar da gravidade dos sintomas, nestas situações realiza-se normalmente uma biópsia do pulmão através de um broncoscópio. Podem também realizar-se provas de função respiratória as quais vão indicar que o ar retido nos pulmões é inferior ao normal, assim como a análise de gases no sangue irá mostrar uma baixa concentração de oxigénio. Existem vários tratamentos possíveis como por exemplo a oxigenoterapia como forma de repor a concentração de oxigénio no sangue, a antibioticoterapia de modo a curar as infecções que podem estar na origem da fibrose pulmonar e a prescrição de medicamentos específicos para a insuficiência cardíaca. Vários médicos têm vindo a realizar também transplantes de pulmão em indivíduos com fibrose pulmonar grave. No vídeo seguinte encontram-se sintetizadas algumas informações sobre esta patologia, pode visualizar-se também imagens nas quais se faz a comparação de tecido pulmonar normal e afectado por esta doença.

Fontes:

http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1673194-fibrose-pulmonar-idiop%C3%A1tica/

http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec4_40.html

http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000069sym.htm

http://www.jornaldepneumologia.com.br/imagebank/SUPLE_52_figura20.jpg

http://www.youtube.com/watch?v=mdA2ZfMYRDM&feature=related

Carla Raposo

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Efeitos dos RBF’s no Sistema Respiratório

A DVA provoca no nosso organismo diversos efeitos dependendo do tempo de exposição ( ver postagem «A Doença Vibroacústica») sendo um dos principais alvos o sistema respiratório.
Num estudo realizado em humanos expostos a um ruído entre 30-100 Hz, com uma amplitude de 95-140 dB durante um curto período de tempo (1-2 minutos) estes sofreram vibração da parede do coração, interferência na respiração normal, tosse e sensação de gaguez. Foram também realizados estudos a nível da ultra-estrutura do sistema respiratório de ratos brancos sujeitos a infra-sons ( 2-16 Hz e 90-140 dB) durante 40 dias. Passadas apenas 3 horas foram identificadas pequenas hemorragias em toda a superfície pulmonar, tendo estas se agravado com o tempo de exposição, passados 10-15 dias parte do tecido dos pulmões estava preenchido com sangue e as paredes entre os diversos alvéolos estavam inchadas e espessas, prejudicando deste modo a hematose pulmonar (intercâmbio de oxigénio e dióxido de carbono que ocorre nas paredes dos alvéolos pulmonares entre o ar e o sangue). Após 20-40 dias de exposição ocorreram mudanças graves a nível morfológico nas células dos alvéolos pulmonares.
Outra prova dos efeitos causados pelos RBF’s no sistema respiratório é o facto de em indivíduos expostos a este tipo de ruído no ambiente de trabalho estes começaram a ter queixas brônquicas após 4 anos de exposição e estas reduzem ou desaparecem quando esses indivíduos estão de férias ou não vão trabalhar durante algum tempo por outros motivos. Quando a exposição a RBF’s é prolongada os efeitos podem ser mais graves como por exemplo derrames pleurais, cancro no sistema respiratório, insuficiência respiratória e fibrose pulmonar (posteriormente iremos publicar informação sobre estas patologias).
Em suma o sistema respiratório é gravemente afectado pelos RBF’s apresentado as lesões por estes provocadas características próprias. Apesar de ao longo de cerca de 25 anos ter sido recolhida diversa informação de indivíduos e modelos animais expostos a RBF a patologia respiratória associada à DVA necessita ainda de muito estudo para que esta seja melhor compreendida e intervenções farmacológicas possam ser pensadas.
No vídeo seguinte é apresentada uma síntese dos componentes do sistema respiratório e as suas funções.

Fontes:

http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/pne/v13n1/v13n1a08.pdf

http://biogilde.files.wordpress.com/2009/04/heart_lungs2.jpg

http://www.youtube.com/watch?v=HiT621PrrO0

Carla Raposo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Adiastolia e Edema Pulmonar



Como já foi referido anteriormente na postagem “Patologias associadas à Doença Vibroacústica”, existem muitas patologias associadas à doença em estudo. Duas delas foram anteriormente referidas, a Metaplasia e a Displasia, mas existem muitas mais. Entre elas, uma que merece uma referência é a Adiastolia.
A Adiastolia é uma anomalia no coração, no ventrículo esquerdo, que acontece durante o enchimento de sangue que ocorre na diástole (a diástole é a fase do ciclo cardíaco em que o coração (ventrículo esquerdo) se descontrai, enchendo-se de sangue proveniente dos pulmões). Histologicamente, verifica-se que a Adiastolia tem como uma das principais causas o aumento da deposição de colagénio no miocárdio, que provoca uma diminuição de elasticidade no mesmo.
Este espessamento faz com que o ventrículo se comporte como um balão espesso de borracha, em que o volume não se consegue expandir de forma adequada. Assim, como os ventrículos se tornam espessos, a entrada de sangue nos mesmos vai ser dificultada, pelo que vai haver um aumento da pressão nas aurículas. Por exemplo, caso de trate do espessamento do ventrículo esquerdo, vai haver um aumento da pressão na aurícula esquerda que recebe o sangue arterial (rico em O2) vindo dos pulmões. Este aumento de pressão faz com que este sangue volte novamente aos pulmões, aumentado assim a pressão hidrostática, promovendo desta forma Edema pulmonar.
O Edema Pulmonar é uma acumulação anormal de líquidos (sangue) nos tecidos dos pulmões. Apesar de ser uma consequência da Adiastolia, pode não ter origem numa doença do coração e pode ter muitos efeitos, entre os quais é importante referir os seguintes: falta de ar que piora com as actividades, tosse, batimentos muito rápidos do coração, aumento da pressão arterial, apertos no tórax, cianose (coloração azulada no peito quando há falta de ar muito acentuada), ansiedade, entre outros.

Adaptado de:
http://en.wikipedia.org/wiki/Diastolic_dysfunction
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?171

Filipe Amaral e Nuno Almeida

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Actividades desenvolvidas durante o mês de Janeiro


Ao longo deste mês foram várias as actividades desenvolvidas.
Procedemos à microtomia dos blocos histológicos do local 1, nos quais efectuamos vários cortes, contudo alguns não apresentavam as condições necessárias para que fossem utilizados. De seguida efectuou-se a coloração dos cortes que se encontravam em melhores condições, infelizmente dos 10 cortes nos quais se procedeu à coloração, apenas 2 permaneceram nas lâminas. Realizamos então a montagem das lâminas, ficando assim com duas preparações definitivas.
Este mês fizemos também 2 saídas de campo ao local 2, com o intuito de recolher Helix aspersa, contudo estas foram fracassadas, pois não encontramos espécimes.
Realizamos também pesquisa relacionada com o tema a fim de obtermos as informações necessárias ao desenvolvimento do nosso projecto.

Carla Raposo e Tiago Costa

Funcionamento do coração sem espessura do pericárdio e com espessura do mesmo


Para a patologia em questão, é fundamental saber-mos que alterações provocam a deposição de colagénio na forma como o coração funciona. Assim, o coração é um órgão cuja função vital é garantir a circulação de sangue no organismo, para que todos os órgãos sejam irrigados com o mesmo. É um órgão oco, muscular, do tamanho de um punho e é revestido por duas membranas, endocárdio (membrana interna do qual fazem parte as válvulas cardíacas) e pericárdio (ver postagem “Pericárdio”), que permitem o seu movimento.

O funcionamento normal do coração, ou seja, sem espessamento do pericárdio, processa-se da seguinte forma:


• No coração em repouso, o sangue venoso (azul) chega pelas veias pulmonares à aurícula esquerda e o sangue arterial (vermelho) entra para a aurícula direita. Seguidamente, o sangue venoso e arterial entram para os ventrículos esquerdo e direito, respectivamente. As válvulas da artéria pulmonar e da artéria aorta abrem, sendo por aí que o sangue é bombeado para os pulmões e restante organismo, respectivamente.

O funcionamento do coração com espessura do pericárdio efectua-se do seguinte modo: • A pericardite constritiva (figura acima) é uma doença que tem como uma das suas causas o espessamento do pericárdio. Este espessamento leva à formação de uma “carcaça”, que, assim, comprime o coração, impedindo-o de se encher completamente e correctamente durante a diástole (entrada de sangue oxigenado para o ventrículo esquerdo). Este acontecimento tem como consequências provocar insuficiência cardíaca, com falta de ar, tonturas, fadiga, inchaço do fígado, obstrução das veias, entre outras.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Montagem - a etapa final


Com os nossos processos experimentais de Histologia quase no fim, vamos agora efectuar a montagem das preparações, o último processo laboratorial a executar.
Nesta etapa o objectivo é colar as lamelas à lâmina, usando a resina DPX.
Este processo
permite a adesão definitiva da lamela ao tecido e à lâmina preservando o material biológico, pois impede
que haja hidratação do corte, fazendo assim que as lâminas se mantenham estáveis durante um longo período de tempo.
Depois de se colocar o DPX na lâmina (com ajuda de uma pinça), é favor coloca – la na estufa para secar.
Este processo deve ser efectuado numa hotte.

Tiago Costa

O que são Biomarcadores?


Biomarcadores ou marcadores biológicos são seres vivos ou moléculas que estando sujeitas a um determinado ambiente irão manifestar no seu organismo as consequências dessa exposição, de modo a verificar se esse local é benéfico ou prejudicial à saúde.Estes Biomarcadores podem ser classificados em três tipos, de exposição (quando estão sujeitos a ruídos, a ambientes de poluição), de efeito e de suscetibilidade (que possibilitam identificar a substância tóxica).


Adaptado de http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=1109024


Tiago Costa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Patologias associadas à Doença Vibroacústica


Existem muitas patologias associadas à DVA (ver postagem “Diagnóstico da Doença Vibroacústica”), como por exemplo, as que estão referidas abaixo:

• A Displasia é um termo generalista utilizado para designar a ocorrência de anomalias (lesões celulares reversíveis) relacionadas com o desenvolvimento de um órgão ou tecido ao nível da sua forma, tamanho e ou mesmo na sua organização. Resulta de uma reduzida proliferação (aumento) celular ou a ausência de diferenciação (quando uma célula adquire uma função) das mesmas. A displasia pode variar entre três níveis: leve, moderada e grave (quando atinge este nível pode ser denominado de carcinoma, que é uma forma precoce de tumor). Para esta anomalia são usados vários tipos de tratamentos, nomeadamente o uso de medicamentos, intervenções cirúrgicas e fisioterapias.

• A Metaplasia consiste numa alteração reversível de uma célula adulta que é substituída por outra de outro tipo celular. Esta alteração pode actuar como uma tentativa do organismo substituir um tipo de células expostas a um “stress”, substituindo-as assim por um tecido mais apto aquando a exposição do organismo àquele “stress”. Por exemplo, a metaplasia pode ocorrer em células do tecido conjuntivo (ver postagem “Tecido Conjuntivo”) com a formação de cartilagem, tecido adiposo ou osso, em tecidos que originalmente não possuem esses elementos. Embora a metaplasia leve ao surgimento de um tecido mais apto ao ambiente hostil, por vezes esta alteração pode resultar em mudanças indesejadas.

Para além das patologias referidas anteriormente, existem muitas outras, entre as quais se destaca a Adiastolia, que será referida posteriormente.

Adaptado de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Displasia

Filipe Amaral

sábado, 16 de janeiro de 2010

Decibel


O decibel (dB), um décimo de bel, é uma unidade de medida logarítmica que expressa a magnitude de uma quantidade física, normalmente da potência ou da intensidade, em relação a um determinado nível de referência. Uma vez que exprime uma relação entre duas grandezas com a mesma unidade, é uma unidade adimensional.
Desta forma, o decibel é amplamente conhecido como uma medida do nível de pressão sonora, mas também é usado para uma variedade de outras medidas no domínio da ciência e da engenharia (em particular, acústica e electrónica) e de outras disciplinas.
Esta unidade de medida é, ainda, usada em acústica (ver postagem «Acústica») para quantificar os níveis sonoros em relação a uma referência de 0 dB. O nível de referência é normalmente definido aquando da percepção de um humano normal e não há comparações para ilustrar os diferentes níveis de pressão sonora.
Sendo assim, o decibel é utilizado, porque o ouvido é capaz de detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que provoca danos permanentes durante a exposição, até porque o ouvido humano não é igualmente sensível a todas as frequências de som.
Por último, podemos dizer que as vantagens do uso do decibel são as seguintes:
• Na acústica, o decibel usado como uma escala logarítmica da razão de intensidade sonora, ajusta-se melhor à intensidade percebida pelo ouvido humano, pois o aumento do nível de intensidade em decibéis corresponde aproximadamente ao aumento percebido em qualquer intensidade;
• É mais conveniente somar os valores em decibéis em estágios sucessivos de um sistema do que multiplicar os seus factores de multiplicação;
• Faixas muito grandes de razões de valores podem ser expressas em decibéis em uma faixa bastante moderada, possibilitando uma melhor visualização dos valores grandes.

Adaptado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Decibel

Nuno Almeida

Acústica


Acústica é um ramo da Física que estuda a produção, propagação e fenómenos correlatos sofridos pela onda mecânica sonora ou audível. É considerada uma ciência que abrange diversas disciplinas e por elas é abrangida. No processo que leva à propagação do som é necessário um emissor (fonte sonora), meio de propagação, como por exemplo o ar e um receptor.
Sendo assim, o som é um fenómeno causado por imensos objectos e propaga-se através dos diferentes estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso). Os seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, com seus dois ouvidos, o que permite saber a distância e posição da fonte sonora. Muitos sons de baixa frequência também podem ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes comunicam entre si através de infra-sons.
Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, da música. Para além disso, a percepção do som também pode ser usada para adquirir informações sobre o ambiente no que diz respeito a propriedades relacionadas com características espaciais e presença de outros animais ou objectos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a eco localização para voar e nadar por entre obstáculos e caçar as suas presas. Por outro lado, navios e submarinos usam o sonar.
Refira-se, ainda, que, em acústica, geralmente, é possível distinguir entre geradores de som, meios de transmissão, propagação e receptores. É utilizada para medir estes meios, criar instrumentos, tabelas, entre outras coisas, de forma a fornecer dados necessários aos mais diversos ramos da ciência para a utilização dos sons, de seus meios de propagação e efeitos.

Adaptado:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%BAstica; http://www.algosobre.com.br/fisica/acustica.html.

Nuno Almeida

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Síndrome de Fadiga Crónica


Nos anos 70 em enquadramentos militares muitas vezes a DVA era diagnosticada como Síndrome de Fadiga Crónica (S.F.C.) como já foi referido anteriormente (ver postagem «Diagnóstico da Doença Vibroacústica»). Contudo hoje em dia sabemos que têm causas e efeitos diferentes.
A S.F.C. é segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) uma patologia do sistema nervoso, esta é caracterizada pelo cansaço extremo, existência de dor em vários locais do corpo e perturbações no sono. Muitas vezes os pacientes sentem-se mais cansados depois de acordarem do que antes de adormecerem o que lhes leva muitas vezes a uma situação de stress que pode originar depressão ou outro tipo de problema psicológico. As pessoas que sofrem desta síndrome não apresentam problemas só a nível físico, pois esta pode afectar também a sua vida social, porque estas pessoas tornam-se incapazes ou realizam com muita dificuldade simples tarefas diárias como comer, tomar banho ou deslocar-se alguns metros.
Não existe nenhum teste laboratorial que permita identificar a síndrome, esta é diagnosticada por exclusão de outras patologias nas quais são apresentados os mesmos sintomas. Estima-se que 3 a 6 % da população possa ter S.F.C., afectando homens e mulheres, sendo contudo a percentagem de mulheres afectadas (cerca de 80 %) superior. A idade típica em que é identificada esta síndrome é dos 20 – 60 anos. Como as causas desta síndrome não são totalmente conhecidas actualmente não existe nenhum tratamento que permita a cura da doença, existem sim alguns medicamentos ou suplementos naturais que permitem aliviar os seus sintomas.

Adaptado de: http://fibrosite.no.sapo.pt/sobre.html
http://fibrosite.no.sapo.pt/estudo10.html

Carla Raposo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pericárdio



A DVA tem vários efeitos sobre a população por ela afectada, sendo um dos mais comuns o espessamento das estruturas cardíacas (ver postagem «A Doença Vibroacústica» e a síntese do projecto), nomeadamente o pericárdio.
O pericárdio é uma espécie de bolsa resistente que envolve o coração. Este é constituído por duas camadas distintas o pericárdio fibroso (camada externa) tendo este na sua composição tecido fibroso duro e a camada interna designada de pericárdio seroso, é uma membrana delgada, transparente e mole. Esta por sua vez pode ser dividida em dois folhetos o que reveste internamente o pericárdio seroso, formando no conjunto o pericárdio parietal, e o que reveste o exterior do coração sendo este designado pericárdio visceral.
Este saco fibroso (pericárdio) possui várias funções entre elas estão: proteger o coração e os grandes vasos que saem deste órgão, fixar o conjunto pois encontra-se unido ao diafragma e à parede anterior do tórax e evitar as fricções das paredes do coração, durante o ciclo cardíaco, com o saco duro que o envolve através do liquido pericárdico que existe no espaço fechado entre as duas camadas, a cavidade pericárdica.

Adaptado de: Ruiz X.;Enciclopédia da Saúde - Sistema Circulatório Sangue; Marina Editores

Carla Raposo