quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Adiastolia e Edema Pulmonar



Como já foi referido anteriormente na postagem “Patologias associadas à Doença Vibroacústica”, existem muitas patologias associadas à doença em estudo. Duas delas foram anteriormente referidas, a Metaplasia e a Displasia, mas existem muitas mais. Entre elas, uma que merece uma referência é a Adiastolia.
A Adiastolia é uma anomalia no coração, no ventrículo esquerdo, que acontece durante o enchimento de sangue que ocorre na diástole (a diástole é a fase do ciclo cardíaco em que o coração (ventrículo esquerdo) se descontrai, enchendo-se de sangue proveniente dos pulmões). Histologicamente, verifica-se que a Adiastolia tem como uma das principais causas o aumento da deposição de colagénio no miocárdio, que provoca uma diminuição de elasticidade no mesmo.
Este espessamento faz com que o ventrículo se comporte como um balão espesso de borracha, em que o volume não se consegue expandir de forma adequada. Assim, como os ventrículos se tornam espessos, a entrada de sangue nos mesmos vai ser dificultada, pelo que vai haver um aumento da pressão nas aurículas. Por exemplo, caso de trate do espessamento do ventrículo esquerdo, vai haver um aumento da pressão na aurícula esquerda que recebe o sangue arterial (rico em O2) vindo dos pulmões. Este aumento de pressão faz com que este sangue volte novamente aos pulmões, aumentado assim a pressão hidrostática, promovendo desta forma Edema pulmonar.
O Edema Pulmonar é uma acumulação anormal de líquidos (sangue) nos tecidos dos pulmões. Apesar de ser uma consequência da Adiastolia, pode não ter origem numa doença do coração e pode ter muitos efeitos, entre os quais é importante referir os seguintes: falta de ar que piora com as actividades, tosse, batimentos muito rápidos do coração, aumento da pressão arterial, apertos no tórax, cianose (coloração azulada no peito quando há falta de ar muito acentuada), ansiedade, entre outros.

Adaptado de:
http://en.wikipedia.org/wiki/Diastolic_dysfunction
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?171

Filipe Amaral e Nuno Almeida

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Actividades desenvolvidas durante o mês de Janeiro


Ao longo deste mês foram várias as actividades desenvolvidas.
Procedemos à microtomia dos blocos histológicos do local 1, nos quais efectuamos vários cortes, contudo alguns não apresentavam as condições necessárias para que fossem utilizados. De seguida efectuou-se a coloração dos cortes que se encontravam em melhores condições, infelizmente dos 10 cortes nos quais se procedeu à coloração, apenas 2 permaneceram nas lâminas. Realizamos então a montagem das lâminas, ficando assim com duas preparações definitivas.
Este mês fizemos também 2 saídas de campo ao local 2, com o intuito de recolher Helix aspersa, contudo estas foram fracassadas, pois não encontramos espécimes.
Realizamos também pesquisa relacionada com o tema a fim de obtermos as informações necessárias ao desenvolvimento do nosso projecto.

Carla Raposo e Tiago Costa

Funcionamento do coração sem espessura do pericárdio e com espessura do mesmo


Para a patologia em questão, é fundamental saber-mos que alterações provocam a deposição de colagénio na forma como o coração funciona. Assim, o coração é um órgão cuja função vital é garantir a circulação de sangue no organismo, para que todos os órgãos sejam irrigados com o mesmo. É um órgão oco, muscular, do tamanho de um punho e é revestido por duas membranas, endocárdio (membrana interna do qual fazem parte as válvulas cardíacas) e pericárdio (ver postagem “Pericárdio”), que permitem o seu movimento.

O funcionamento normal do coração, ou seja, sem espessamento do pericárdio, processa-se da seguinte forma:


• No coração em repouso, o sangue venoso (azul) chega pelas veias pulmonares à aurícula esquerda e o sangue arterial (vermelho) entra para a aurícula direita. Seguidamente, o sangue venoso e arterial entram para os ventrículos esquerdo e direito, respectivamente. As válvulas da artéria pulmonar e da artéria aorta abrem, sendo por aí que o sangue é bombeado para os pulmões e restante organismo, respectivamente.

O funcionamento do coração com espessura do pericárdio efectua-se do seguinte modo: • A pericardite constritiva (figura acima) é uma doença que tem como uma das suas causas o espessamento do pericárdio. Este espessamento leva à formação de uma “carcaça”, que, assim, comprime o coração, impedindo-o de se encher completamente e correctamente durante a diástole (entrada de sangue oxigenado para o ventrículo esquerdo). Este acontecimento tem como consequências provocar insuficiência cardíaca, com falta de ar, tonturas, fadiga, inchaço do fígado, obstrução das veias, entre outras.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Montagem - a etapa final


Com os nossos processos experimentais de Histologia quase no fim, vamos agora efectuar a montagem das preparações, o último processo laboratorial a executar.
Nesta etapa o objectivo é colar as lamelas à lâmina, usando a resina DPX.
Este processo
permite a adesão definitiva da lamela ao tecido e à lâmina preservando o material biológico, pois impede
que haja hidratação do corte, fazendo assim que as lâminas se mantenham estáveis durante um longo período de tempo.
Depois de se colocar o DPX na lâmina (com ajuda de uma pinça), é favor coloca – la na estufa para secar.
Este processo deve ser efectuado numa hotte.

Tiago Costa

O que são Biomarcadores?


Biomarcadores ou marcadores biológicos são seres vivos ou moléculas que estando sujeitas a um determinado ambiente irão manifestar no seu organismo as consequências dessa exposição, de modo a verificar se esse local é benéfico ou prejudicial à saúde.Estes Biomarcadores podem ser classificados em três tipos, de exposição (quando estão sujeitos a ruídos, a ambientes de poluição), de efeito e de suscetibilidade (que possibilitam identificar a substância tóxica).


Adaptado de http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=1109024


Tiago Costa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Patologias associadas à Doença Vibroacústica


Existem muitas patologias associadas à DVA (ver postagem “Diagnóstico da Doença Vibroacústica”), como por exemplo, as que estão referidas abaixo:

• A Displasia é um termo generalista utilizado para designar a ocorrência de anomalias (lesões celulares reversíveis) relacionadas com o desenvolvimento de um órgão ou tecido ao nível da sua forma, tamanho e ou mesmo na sua organização. Resulta de uma reduzida proliferação (aumento) celular ou a ausência de diferenciação (quando uma célula adquire uma função) das mesmas. A displasia pode variar entre três níveis: leve, moderada e grave (quando atinge este nível pode ser denominado de carcinoma, que é uma forma precoce de tumor). Para esta anomalia são usados vários tipos de tratamentos, nomeadamente o uso de medicamentos, intervenções cirúrgicas e fisioterapias.

• A Metaplasia consiste numa alteração reversível de uma célula adulta que é substituída por outra de outro tipo celular. Esta alteração pode actuar como uma tentativa do organismo substituir um tipo de células expostas a um “stress”, substituindo-as assim por um tecido mais apto aquando a exposição do organismo àquele “stress”. Por exemplo, a metaplasia pode ocorrer em células do tecido conjuntivo (ver postagem “Tecido Conjuntivo”) com a formação de cartilagem, tecido adiposo ou osso, em tecidos que originalmente não possuem esses elementos. Embora a metaplasia leve ao surgimento de um tecido mais apto ao ambiente hostil, por vezes esta alteração pode resultar em mudanças indesejadas.

Para além das patologias referidas anteriormente, existem muitas outras, entre as quais se destaca a Adiastolia, que será referida posteriormente.

Adaptado de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Displasia

Filipe Amaral

sábado, 16 de janeiro de 2010

Decibel


O decibel (dB), um décimo de bel, é uma unidade de medida logarítmica que expressa a magnitude de uma quantidade física, normalmente da potência ou da intensidade, em relação a um determinado nível de referência. Uma vez que exprime uma relação entre duas grandezas com a mesma unidade, é uma unidade adimensional.
Desta forma, o decibel é amplamente conhecido como uma medida do nível de pressão sonora, mas também é usado para uma variedade de outras medidas no domínio da ciência e da engenharia (em particular, acústica e electrónica) e de outras disciplinas.
Esta unidade de medida é, ainda, usada em acústica (ver postagem «Acústica») para quantificar os níveis sonoros em relação a uma referência de 0 dB. O nível de referência é normalmente definido aquando da percepção de um humano normal e não há comparações para ilustrar os diferentes níveis de pressão sonora.
Sendo assim, o decibel é utilizado, porque o ouvido é capaz de detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que provoca danos permanentes durante a exposição, até porque o ouvido humano não é igualmente sensível a todas as frequências de som.
Por último, podemos dizer que as vantagens do uso do decibel são as seguintes:
• Na acústica, o decibel usado como uma escala logarítmica da razão de intensidade sonora, ajusta-se melhor à intensidade percebida pelo ouvido humano, pois o aumento do nível de intensidade em decibéis corresponde aproximadamente ao aumento percebido em qualquer intensidade;
• É mais conveniente somar os valores em decibéis em estágios sucessivos de um sistema do que multiplicar os seus factores de multiplicação;
• Faixas muito grandes de razões de valores podem ser expressas em decibéis em uma faixa bastante moderada, possibilitando uma melhor visualização dos valores grandes.

Adaptado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Decibel

Nuno Almeida

Acústica


Acústica é um ramo da Física que estuda a produção, propagação e fenómenos correlatos sofridos pela onda mecânica sonora ou audível. É considerada uma ciência que abrange diversas disciplinas e por elas é abrangida. No processo que leva à propagação do som é necessário um emissor (fonte sonora), meio de propagação, como por exemplo o ar e um receptor.
Sendo assim, o som é um fenómeno causado por imensos objectos e propaga-se através dos diferentes estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso). Os seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, com seus dois ouvidos, o que permite saber a distância e posição da fonte sonora. Muitos sons de baixa frequência também podem ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes comunicam entre si através de infra-sons.
Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, da música. Para além disso, a percepção do som também pode ser usada para adquirir informações sobre o ambiente no que diz respeito a propriedades relacionadas com características espaciais e presença de outros animais ou objectos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a eco localização para voar e nadar por entre obstáculos e caçar as suas presas. Por outro lado, navios e submarinos usam o sonar.
Refira-se, ainda, que, em acústica, geralmente, é possível distinguir entre geradores de som, meios de transmissão, propagação e receptores. É utilizada para medir estes meios, criar instrumentos, tabelas, entre outras coisas, de forma a fornecer dados necessários aos mais diversos ramos da ciência para a utilização dos sons, de seus meios de propagação e efeitos.

Adaptado:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%BAstica; http://www.algosobre.com.br/fisica/acustica.html.

Nuno Almeida

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Síndrome de Fadiga Crónica


Nos anos 70 em enquadramentos militares muitas vezes a DVA era diagnosticada como Síndrome de Fadiga Crónica (S.F.C.) como já foi referido anteriormente (ver postagem «Diagnóstico da Doença Vibroacústica»). Contudo hoje em dia sabemos que têm causas e efeitos diferentes.
A S.F.C. é segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) uma patologia do sistema nervoso, esta é caracterizada pelo cansaço extremo, existência de dor em vários locais do corpo e perturbações no sono. Muitas vezes os pacientes sentem-se mais cansados depois de acordarem do que antes de adormecerem o que lhes leva muitas vezes a uma situação de stress que pode originar depressão ou outro tipo de problema psicológico. As pessoas que sofrem desta síndrome não apresentam problemas só a nível físico, pois esta pode afectar também a sua vida social, porque estas pessoas tornam-se incapazes ou realizam com muita dificuldade simples tarefas diárias como comer, tomar banho ou deslocar-se alguns metros.
Não existe nenhum teste laboratorial que permita identificar a síndrome, esta é diagnosticada por exclusão de outras patologias nas quais são apresentados os mesmos sintomas. Estima-se que 3 a 6 % da população possa ter S.F.C., afectando homens e mulheres, sendo contudo a percentagem de mulheres afectadas (cerca de 80 %) superior. A idade típica em que é identificada esta síndrome é dos 20 – 60 anos. Como as causas desta síndrome não são totalmente conhecidas actualmente não existe nenhum tratamento que permita a cura da doença, existem sim alguns medicamentos ou suplementos naturais que permitem aliviar os seus sintomas.

Adaptado de: http://fibrosite.no.sapo.pt/sobre.html
http://fibrosite.no.sapo.pt/estudo10.html

Carla Raposo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pericárdio



A DVA tem vários efeitos sobre a população por ela afectada, sendo um dos mais comuns o espessamento das estruturas cardíacas (ver postagem «A Doença Vibroacústica» e a síntese do projecto), nomeadamente o pericárdio.
O pericárdio é uma espécie de bolsa resistente que envolve o coração. Este é constituído por duas camadas distintas o pericárdio fibroso (camada externa) tendo este na sua composição tecido fibroso duro e a camada interna designada de pericárdio seroso, é uma membrana delgada, transparente e mole. Esta por sua vez pode ser dividida em dois folhetos o que reveste internamente o pericárdio seroso, formando no conjunto o pericárdio parietal, e o que reveste o exterior do coração sendo este designado pericárdio visceral.
Este saco fibroso (pericárdio) possui várias funções entre elas estão: proteger o coração e os grandes vasos que saem deste órgão, fixar o conjunto pois encontra-se unido ao diafragma e à parede anterior do tórax e evitar as fricções das paredes do coração, durante o ciclo cardíaco, com o saco duro que o envolve através do liquido pericárdico que existe no espaço fechado entre as duas camadas, a cavidade pericárdica.

Adaptado de: Ruiz X.;Enciclopédia da Saúde - Sistema Circulatório Sangue; Marina Editores

Carla Raposo