quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Actividades previstas para o 2º período

Ao longo do 1º período desenvolvemos várias actividades (ver postagem «Actividades desenvolvidas durante o 1ºPeríodo»), contudo os objectivos traçados inicialmente (ver postagem «Caracterização, objectivos e produtos finais do projecto») ainda não foram alcançados pelo menos não na totalidade. Sendo assim, no 2º período vamos continuar com o desenvolvimento do projecto.
Temos planificadas várias actividades para o próximos período:

  • Finalizar a metodologia para os espécimes recolhidos no local 1;
  • Realização de mais três saídas de campo com vista a efectuar medições sonoras, caso os locais sejam propícios ao desenvolvimento da DVA procederemos à recolha de espécimes nesses locais;
  • Elaborar preparações definitivas com as amostras de glândula digestiva retiradas dos espécimes recolhidos nos outros locais a visitar;
  • Proceder à comparação das amostras de glândulas digestivas recolhidas no local 1 com as amostras doutros locais;
  • Pesquisa de informação e tratamento da mesma para a sua publicação no blogue e outros;
  • Actualização do portefólio.

Grupo I

Actividades desenvolvidas durante o 1ºPeríodo

Agora que vamos de férias, vamos mostrar através do seguinte vídeo as actividades que foram desenvolvidas durante este período.


Filipe Amaral

Glândula Digestiva

«Fígado» ou Glândula do intestino intermédio, são os nomes que se podem dar ao nosso Biomarcador.
Este órgão localiza - se no ápice da concha do Helix aspersa, tem uma cor castanha e é de fácil identificação se partirmos a concha do animal.
A glândula digestiva é um órgão extremamente desenvolvido tendo como funções:
• a segregação de enzimas digestivas
• absorção de produtos da digestão
• acumulação de substâncias de reserva.
Sendo a última função referida muito importante para o nosso estudo, pois é na glândula digestiva que se irá dar a acumulação excessiva de colagénio no tecido conjuntivo devido aos ruídos de baixa frequência.
Como este órgão se encontra no ápice da concha, cobre o aparelho genital entre outros órgãos.

Adaptado do guia da trabalho prático de Zoologia
Dr. Renner Maximilian
Matthes e Kükenthal 1986.


Tiago Costa

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tipos básicos de tecidos

Apesar da elevada complexidade dos mamíferos, na sua constituição estão presentes apenas quatro tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo (ver postagem «Tecido Conjuntivo»), o muscular e o nervoso. Estes tecidos encontram-se associados uns aos outros em proporções variáveis, formando deste modo os diferentes órgãos e sistemas dos diferentes organismos.
Os tecidos são constituídos por diferentes tipos de células tendo cada um deles uma função distinta. O Tecido Epitelial é constituído por células poliédricas justapostas (na sua grande maioria estas células aderem firmemente umas às outras por junções intercelulares o que origina folhetos ou aglomerados tridimensionais), apresenta duas funções principais o revestimento da superfície ou de cavidades do corpo e secreção. O Tecido Conjuntivo a nível estrutural é composto por células, fibras e substância fundamental e tem como funções o estabelecimento e manutenção da forma do corpo. No tecido muscular existem células alongadas que possuem grandes filamentos citoplasmáticos de proteínas contrácteis. Estas são responsáveis pela formação das forças necessárias para que ocorra a contracção deste tecido, para tal é utilizada a energia contida nas moléculas de ATP. O Tecido Nervoso possui dois componentes principais: os neurónios e as células glia (sustentam os neurónios e participam noutras funções importantes). Este tecido encontra-se distribuído por todo o organismo formando uma espécie de rede que constitui o sistema nervoso que tem como função a transmissão dos impulsos nervosos.

Adaptado de: Junqueira, L.C., Carneiro, J.. Histologia Básica. 2004. Editora Guanabara Koogan S.A.. 10ª Edição.

Carla Raposo

domingo, 13 de dezembro de 2009

Epilepsia

A epilepsia é uma alteração na actividade eléctrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais e psíquicas. Esta afecta milhões de pessoas em todo o mundo. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, pois estas são classificadas de forma diferente.
Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos factores podem danificar os neurónios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si (sinapses). Uma dessas causas é a Doença Vibroacústica.
Qualquer pessoa pode sofrer um ataque epiléptico, devido, por exemplo, a choques eléctrico, falta de oxigénio, traumatismo craniano, baixa de açúcar no sangue, privação de álcool, abuso da cocaína.

Alguns factores que provocam crises epilépticas:

•Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscarem (alguns doentes têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas);
•Privação de sono;
•Ingestão alcoólica;
•Febre;
•Ansiedade;
•Cansaço;
•Drogas ilícitas;
•Alguns medicamentos.

Adaptado de: http://www.lpce.pt/doenca.htm

Nuno Almeida

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tecido Conjuntivo

O tecido conjuntivo é responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo e pelo depósito de substâncias de reserva, nomeadamente gordura. Este é constituído por 3 componentes”: células, fibras e substância fundamental. O principal constituinte é a matriz extra-celular, que engloba as fibras e a substância fundamental.
As fibras são constituídas predominantemente por colagénio (ver postagem anterior), constituindo estas tendões e cápsulas de órgãos (revestem órgãos, como o coração), existem também em paredes no interior de vários órgãos, que formam uma componente muito resistente chamada estroma, que são os tecidos de sustentação dos órgãos.
A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrolífico (afinidade para a água), que se liga a proteínas receptoras existentes nas células, conferindo assim força tênsil e rigidez à matriz. Desempenham papéis biológicos importantes, como o de reserva para organelos que controlam o crescimento e diferenciação celular.
A matriz também serve como um meio onde ocorrem trocas de nutrientes e de substâncias resultantes do catabolismo.

Filipe Amaral

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Colagénio

Como já foi referido anteriormente, os RBF´s interagem com o nosso organismo aquando da sua exposição aos mesmos. Esta exposição leva a uma elevada produção de colagénio por parte das células do tecido conjuntivo (ver postagem acima), que se deposita em estruturas cardíacas, como por exemplo o pericárdio e sobre as artérias, levando ao seu espessamento.
O colagénio é a designação de um conjunto de proteínas duras e fibrosas que são os principais componentes dos tecidos conjuntivos, estas desempenham função estrutural no organismo. Durante o processo de evolução dos organismos as proteínas são influenciadas pelo meio ambiente (por exemplo, o caso de o organismo estar exposto a RBF´s) e pelas necessidades funcionais do organismo. Esta influência leva a aquisição de variáveis graus de rigidez, elasticidade e forças de tensão.
Os principais tipos de colagénio são encontrados na pele, ossos, cartilagens e em músculos lisos do organismo, onde representa 30% do peso seco do mesmo. Nos vertebrados o colagénio produzido difere do dos outros organismos, por ter composição química, características morfológicas, distribuição e funções diferentes.

Nuno Almeida

domingo, 22 de novembro de 2009

Coloração

A Coloração é uma técnica da bioquímica que consiste em adicionar um corante específico a um substrato na célula, para qualificar ou quantificar a presença de um composto específico (DNA, proteínas, lipidos, etc.). A coloração pode ser feita em material biológico fixo ou em material biológico vivo.
As soluções de corantes que se utiliza na coloração são utilizadas para se tornar visíveis tecidos celulares (por exemplo, organelos dentro das células, fibras musculares ou tecidos conjuntivos), pois estes tecidos são incolores.
Há vários tipos de coloração que podem ser usadas dependendo do tipo de tecido que se quer visualizar. O mais comum que se usa é o mesmo que vamos utilizar na nossa metodologia, ou seja, vamos utilizar a hematoxilina-eosina (HE). A combinação destes dois corantes diferencia o núcleo, o citoplasma e os elementos extra-celulares. A hematoxilina é um corante azul-escuro, que se liga a estruturas ácidas como o DNA, pois tem um carácter básico, corando-as de azul púrpura. A eosina, pelo contrário, é um corante de carácter ácido de cor vermelha que se liga a estruturas básicas como as proteínas do citoplasma, corando-as de vermelho rosa.
De seguida procede-se à montagem das preparações definitivas, para numa altura posterior proceder-se à microscopia (visualização no microscópio).

Filipe Amaral e Nuno Almeida

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ruídos de Baixa Frequência


O ruído é um som ou conjunto de sons desagradáveis e/ou perigosos na medida em que são capazes de alterar o bem-estar fisiológico ou psicológico das pessoas, de provocar lesões auditivas que podem levar à surdez e de prejudicar a forma com as pessoas trabalham.

A frequência é o número de vibrações (oscilações) que ocorrem num determinado intervalo de tempo. O ouvido humano é perceptível às frequências que se situam entre os 20 e os 20 000 Hz. Os sons com frequências abaixo de 20 Hz são considerados infra-sons e os que possuem frequência superior a 20 000 Hz designam-se ultra sons.

Os ruídos que possuem uma frequência menor ou igual a 500 Hz são denominados ruídos de baixa frequência. Estes têm reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo como poderíamos ser levados a pensar. Podem causar vários distúrbios como por exemplo alterações significativas de humor, diminuição da capacidade de concentração, maior produção de colagénio que deposita-se nas artérias e nas outras estruturas cardíacas provocando o seu espessamento entre muitos outros efeitos. Apesar do ouvido humano não notar a maior parte dos ruídos com frequências abaixo dos 500 Hz, o nosso corpo reage a estes ruídos pois não os ouvimos, mas sentimos.

Filipe Amaral

Diagnóstico da Doença Vibroacústica

Frequentemente os doentes da DVA (Doença Vibroacústica) são considerados hipocondríacos ou extremamente sensíveis pelos médicos e profissionais de saúde, pois não pensam numa doença a sério quando são confrontados com queixas envolvendo quase todos os órgãos e sistemas.
Um dos comentários habituais dos médicos perante um paciente com DVA é “está a fazer – se à baixa”. Em outras ocasiões os sintomas são confundidos com situações de stress extremo, pois nestas também já foram identificadas lesões cerebrais semelhantes e decréscimo cognitivo.
É compreensível o facto de a DVA não ser facilmente identificada, pois um médico dificilmente envia um doente diagnóstico com epilepsia (um dos efeitos desta doença) para efectuar um ecocardiograma (o que mostraria os problemas a nível cardíaco).
Alguns cientistas dizem que a primeira vez que a primeira vez que viram a DVA foi nos anos 70 em enquadramentos militares, sendo nesta altura diagnosticado como Síndroma da Fadiga Crónica.
Os vários estudos que têm sido desenvolvidos são muito importantes, pois contribuem para a definição dos valores das frequências que causam a DVA e permitem identificar muitos dos seus efeitos.

Carla Raposo e Tiago Costa

Da Inclusão à Microtomia


Como já foi referido anteriormente a inclusão é um processo extremamente importante para a elaboração das preparações definitivas, este processo consiste na inclusão em parafina das amostras. A parafina é a base de sustentação do tecido, ou seja, é o suporte que permite o corte dos tecidos, é utilizada pois é imiscível com a água substituindo deste modo a água existente nas células. Posteriormente à inclusão procedesse à microtomia.
A microtomia é uma técnica histológica que consiste no corte das amostras em secções com uma espessura geralmente de 1 à 10 μm (micras) utilizando para tal um micrótomo rotativo. Este aparelho é fundamental para o processo, pois os cortes efectuados permitem que estes sejam observados ao microscópio.
Posteriormente aos cortes, estes são colocados em água fria de modo a flutuarem, o que permite o esticamento do corte, de seguida são colocados em água morna onde completam o esticamento, evitando assim dobras. Após esta fase o corte é recolhido por uma lâmina de vidro previamente identificada. Por fim procede-se à coloração (de modo a certas estruturas da célula tornarem-se visíveis).

Nuno Almeida

sábado, 14 de novembro de 2009

O que é um Sonómetro?


Na semana passada realizamos as medições do som de modo a analisarmos as frequências existentes no local 1 (ver postagem anterior). Para tal utilizámos o sonómetro e o microfone. E então o que é um sonómetro? Um sonómetro é um aparelho de medição que regista sons e ruídos tendo em conta diversas grandezas físicas, das quais são exemplos a frequência e o decibel ou dB (submúltiplo da unidade bel).
O aparelho que utilizámos é o 2260 Investigador da marca Brüel & Kjær que conta com um microfone que serve para captar o som não muito superficial.
Quando chegámos ao local 1 tivemos que ajustar o sonómetro a uma gama de grande sensibilidade, para conseguirmos captar e registar as baixas frequências. Medimos o som numa escala de 1,6 – 81, 6dB.
Para registos que ultrapassam a gama do som na escala acima referida o aparelho usa o termo overload.
No final das medições os dados ficam no sonómetro o qual ligamos posteriormente a um computador e com o programa adequado são elaborados gráficos dos registos efectuados.
Tiago Costa

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

1ª Saída de campo para medição do som no local 1

O passado dia 6 de Novembro marcou um grande passo para o nosso projecto, iniciamos as medições sonoras através das quais vamos analisar as frequências existentes no local 1.
Para efectuarmos essas medições contámos com o apoio do assistente técnico especialista em metrologia legal e acústica da Câmara de Ponta Delgada o senhor Carlos Trabuco.
Nas medições necessitamos de um sonómetro e de um microfone, o primeiro regista o som e o segundo capta-o. Foi necessário colocar o microfone a 4 m de altura, de modo que as medições efectuadas fossem o mais correctas possível, pois ao nível do solo as medições são mais facilmente afectadas pelo ruído dos carros a passar por exemplo.
Efectuaram-se medições em quatro locais diferentes da área envolvente do local 1, tendo estas de ser realizadas duas vezes de modo a que os dados fossem os mais fidedignos possíveis. A duração de cada medição foi de 10 minutos, pois na legislação está estipulado que uma medição do som para ser considerada válida necessita que a sua duração não seja inferior a 30 minutos no total.
Os dados adquiridos serão posteriormente analisados de modo que possamos retirar as nossas conclusões.
Mais uma vez estamos agradecidos à professora pela sua disponibilidade e empenho, estamos também gratos ao assistente técnico da Câmara de Ponta Delgada pelas mesmas razões-

Carla Raposo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que são seres vivos bioindicadores?


Como todos já sabem escolhemos utilizar o Helix aspersa como ser vivo sentinela, ou seja, bioindicador do nosso trabalho. As razões para a sua escolha já conhecem (ver postagem «Helix aspersa o escolhido»).
O que é um bioindicador? É uma espécie ou comunidade biológica que reflecte o estado biótico ou abiótico do ambiente em que se insere (estado biótico - relações que estabelece com os outros seres vivos do ecossistema, estado abiótico – condições ambientais, poluição, temperatura, luz, etc) tendo em conta a sua presença, abundância e condições.
Os bioindicadores permitem relacionar factores antrópicos, como ruído por exemplo ou factores naturais com o impacto que causam no ambiente. Existem várias razões para a utilização de bioindicadores algumas delas são o facto de fornecer sinais rápidos sobre problemas ambientais, mesmo antes de ser possível identificar a sua ocorrência e gravidade, o facto de permitir descobrir as causas e os efeitos dos factores antrópicos ou naturais que causaram as respostas biológicas e o facto de ser através deles possível avaliar a efectividade de acções mitigadoras tomadas para tentar restabelecer o equilíbrio anteriormente existente.



Carla Raposo

sábado, 7 de novembro de 2009

Helix aspersa o escolhido


Muitos de vós de certeza já se perguntaram o porquê de termos escolhido o Helix aspersa, verdade?

Pois eu respondo o Helix aspersa é o caracol de jardim como todos nós sabemos, mas o que é que o distingue de muitos dos animais que conhecemos? A velocidade de locomoção, pois o Helix aspersa é muito lento a movimentar-se, ficando assim exposto muito tempo aos ruídos de baixa frequência nos locais a analisar.
A outra característica do Helix aspersa favorável para ter sido escolhido como bioindicador foi o facto de a sua glândula digestiva ser de fácil remoção e de o espécime a poder regenerar, podendo assim viver depois da sua extracção e finalmente por ser um bom organismo controle.
Foi devido a essas características que o Helix aspersa foi o escolhido e não outro.


Tiago Costa

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"A Doença Vibroacústica"

A doença Vibroacústica foi identificada há relativamente pouco tempo. Foi em 1987 que se efectuou a primeira autópsia de um doente falecido com DVA e só em 1992 iniciaram-se os estudos em modelos animais expostos a RBF (Ruído de Baixa Frequência) com intuito de adquirir maior conhecimento sobre a causa desta doença.
Apesar das suas consequências devastas para o organismo, o RBF não está legislado, sendo deste modo permitido que prolifere em quase todos os sectores de actividade humana, não só nos técnicos de máquinas e trabalhadores fabris, mas também em muitas actividades de lazer e em muitos enquadramentos de transportes públicos. A legislação presentemente adoptada é inadequada e prejudica imenso o avanço científico. Apesar de claras evidências científicas que demonstram que fenómenos acústicos afectam mais do que apenas o ouvido, o «ruído» continua a ser avaliado partindo do princípio que só o que é audível é prejudicial. A doença vibroacústica nunca poderá ser identificada como uma patologia ambiental e ocupacional sem que o RBF, o seu agente causador, seja também reconhecido e adequadamente avaliado.A exposição a RBF tem efeitos mutagénicos o que é evidenciado pelo acréscimo do desenvolvimento de tumores entre as populações humanas, e de metaplasias e displasia em populações animais, além de induzir o espessamento das estruturas cardíacas, como já foi referido anteriormente. O tempo de exposição determina os sinais/sintomas demonstrados pela população sujeita a ambientes com RBF, sendo tanto mais graves quanto maior o tempo de exposição, como pode ser compreendido através dos dados seguintes:

->Estádio I – ligeiro
(1-4 anos)
Ligeiras alterações de humor, indigestão e pirose, infecções da oranfaringe e bronquite.

->Estádio II – moderado
(4- 10 anos)
Dor no peito, alterações de humor bem definidas, dores lombares, fadiga, infecções da pele por fungos, vírus e parasitas, inflamação da superfície gástrica, dor a urinar e sangue na urina, conjuntivite e alergias.

->Estádio III - severo
(mais de 10 anos)
Distúrbios psiquiátricos, hemorragias da conjuntiva e dos epitélios nasal e digestivo, varizes e hemorróidas, úlceras duodenais, cólon espástico, decréscimo na acuidade visual, cefaleias, dores articulares e musculares intensas, alterações neurológicas.

Dados do estudo realizado pelo médico Nuno A. A. Castelo Branco e pela doutora Mariana Alves Pereira.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Processo experimental após a extracção da glândula digestiva

Durante esta semana procedemos ao restante procedimento experimental com vista a obtermos as preparações definitivas com as amostras das glândulas digestivas do Helix aspersa.
Procedemos à fixação das amostras das glândulas digestivas, processo que evita a autólise das células (degradação espontânea que todos os tecidos sofrem, em graus diversos, devido à acção de enzimas produzidas pelas suas própias células). Após este processo procedemos à desidratração, que consiste numa sucessão crescente de alcóois de 70-100%. De seguida procedemos à inclusão, um processo moroso, mas extremamente importante para a elaboração das preparações definitvas. Iremos proceder agora à microtomia.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"1ª Saída de Campo"


Sexta-feira realizámos a nossa primeira saída de campo, com o intuito de recolher os primeiros Helix aspersa, no local 1.
Inicialmente foi difícil encontrar os espécimes, contudo após uma longa procura encontrámos vários no mesmo local, o que nos deixou muito entusiasmados.
Encontrámos cerca de 40 Helix aspersa, dos quais seleccionámos cerca de 20. Os nossos critérios de avaliação foram: a massa, a largura e o facto de serem adultos ou não. Os escolhidos foram aqueles com massas compreendidas 3 e 6 gr e largura entre 2,5 e 3 cm. Procedemos à medição da massa com uma balança digital e da largura com uma craveira. Após este processo extraiu-se a glândula digestiva e deu-se início a todo o restante processo.Durante a saída de campo e o restante processo contámos com o auxílio da nossa professora da área curricular, à qual estamos agradecidos pela sua disponibilidade.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caracterização taxonómica e morfológica de Helix aspersa

Helix aspersa é o nome científico do caracol de jardim comum. Este animal vai servir de bioindicador no projecto que estamos a desenvolver “Desenvolvimento de um programa de biomonotorização sobre a doença Vibroacústica”. Fica aqui algumas características do Helix aspersa. Nome Científico: Helix aspersa;
Nome Comum: Caracol de Jardim;
Reino: Animalia;
Filo: Molusco;
Classe: Gastrópode (significado digestão no pé);
Ordem: Stylommatophora; ´
Família: Helicidae;
Género: Helix;
Reprodução: Sexuada, podendo ser cruzada (com parceiro) ou auto fecundação (pois o caracol é Hermafrodita).
Alimentação: Herbívora.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

"Estudo explica possíveis infecções causadas por ruído"

A exposição ao ruído de baixa frequência pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva, originando o aparecimento de cáries dentárias e infecções na cavidade oral e faringe.

A investigação, realizada por Pedro Oliveira, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), conclui que a exposição ao ruído de baixa frequência tem efeitos nocivos na maior glândula salivar, a glândula parótida, o que pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva.
Os ruídos de baixa frequência, abaixo dos 500 hertz, apesar de poderem ser notados pelo ouvido na maioria dos casos, não parecem incomodar, mas geram uma reacção do organismo em casos de exposição prolongada.
Depois de estudos científicos terem identificado que o ruído de baixa frequência, associado à doença vibro-acústica, afecta órgãos como o coração, os pulmões ou o estômago, a investigação realizada por Pedro Oliveira, no quadro da sua tese de doutoramento, prova que este tipo de poluição ambiental também provoca efeitos nocivos na glândula parótida.
O trabalho realizado no ICBAS conclui que este tipo de ruído origina a destruição da glândula parótida, conduzindo a uma redução da produção de saliva, que é um importante elemento de defesa das estruturas orais
.


Adaptado Diário de Notícias, Edição 25 de Março de 2009

"Vibro acústica é nova doença dos hipersensíveis ao som"

Quando chega a casa, João põe a televisão aos berros. Ouve mal e precisa de aumentar o volume. António faz o inverso, baixa-o, pois não suporta o ruído.

Dois casos fictícios que ilustram situações opostas. João sofre de surdez. António de doença vibro-acústica, patologia provocada por ruídos de baixa frequência que podem estar na origem de problemas cardíacos, respiratórios e epilepsia.

A sensação de "ouvir bem de mais ou ouvir coisas que os outros não ouvem" é típica de quem tem a doença vibro-acústica e algo que pode ajudar os médicos a detectar esta "nova" patologia. O diagnóstico tem sido complicado, tanto pelo desconhecimento como pela variedade de sintomas que os doentes apresentam.
E onde se encontram os ruídos de baixa frequência? Em todo o lado.
A doença vibro-acústica é uma novidade para a comunidade médica. Até porque ainda não se sabe tudo sobre a patologia.
Apesar dos resultados, a patologia não consta da lista das doenças profissionais. José Emílio Pires, vogal do Centro Nacional de Riscos Profissionais, explica que, desde que haja um parecer médico dizendo que a doença decorre da actividade profissional, o caso é avaliado e o doente pode receber apoio do Estado.


Adaptado do Diário de Notícias, edição 12 de Março 2007

sábado, 10 de outubro de 2009

"Formação com o Doutor Armindo Rodrigues"

Para o desenvolvimento do projecto será necessário a aplicação de várias técnicas experimentais, algumas das quais já conhecidas por nós, no entanto será necessária a aprendizagem de outras.
Com esse intuito na última aula de Área Projecto tivemos formação com o Doutor Armindo Rodrigues, professor auxiliar no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. Inicialmente falámos sobre o projecto, os seus objectivos e os conhecimentos que adquirimos nas últimas aulas através da pesquisa realizada. Posteriormente o professor deu-nos algumas informações gerais sobre o Helix aspersa, o modo como respira, se reproduz, entre outras. De seguida procedemos à aprendizagem da técnica de extracção da glândula digestiva do Helix aspersa, para tal o doutor Armindo demonstrou a técnica em alguns caracóis para que a pudéssemos entender. No final o professor deu-nos alguns conselhos sobre os locais de recolha, o número de espécimes a recolher e os cuidados a ter na extracção da glândula digestiva do Helix aspersa.
A formação foi muito útil e indispensável para o desenvolvimento do projecto. Agradecemos muito a disponibilidade e empenho do Doutor Armindo Rodrigues na formação que realizou.
No vídeo seguinte surgem alguns momentos da formação que decorreu na aula de área de projecto do dia 8 de Outubro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Caracterização, objectivos e produtos finais do projecto"


10 palavras que caracterizam o projecto:
Vibroacústica, baixas frequências, Helix aspersa, estruturas cardiacas, colagénio, visitas de campo, tecido conjuntivo, microtomia, inovador e trabalho experimental.

Objectivos a atingir:

-> Biomonitorizar a doença em meio natural, pois até agora só foram realizados estudos em laboratório, utilizando ratos;
-> Adquirir conhecimentos sobre a doença Vibroacústica;
-> Conhecer e desenvolver as técnicas experimentais necessárias para o desenvolvimento do projecto;
-> Promover a divulgação da doença;
-> Aquisição de conhecimentos relacionados com as técnicas a adquirir aquando da análise da
glândula digestiva da espécie sentinela seleccionada.

Tipos de produtos finais:


-> Blogue informativo;
-> Preparações definitivas com amostras de glândulas digestivas da espécie Helix aspersa;
-> Elaboração de um vídeo informativo;
-> Apresentação final do trabalho na escola;

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Planificação do Projecto"

Hoje concluímos a planificação do projecto. Prevemos neste período fazer três visitas de campo, de modo a proceder – mos à recolha da espécie Helix aspersa. Pensámos em seis locais para a recolha, contudo teremos que analisar previamente com um sonómetro se nos locais seleccionados, os sons são de baixa frequência e/ou infra – sons (os quais não ouvimos, mas sentimos).

Seleccionamos também um local controlo, no qual considerámos que não existem os sons que causam a doença em estudo (vibroacústica).
Estamos todos ansiosos e entusiasmados para iniciar o estudo da doença vibroacústica principalmente sabendo que com este projecto podemos contribuir para a divulgação desta doença tão pouca conhecida, mas que afecta muitas pessoas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"VibroAcústica"

Reportagem da SIC que sintetiza alguns dos aspectos mais importantes da doença vibroacústica.