quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tecido Conjuntivo

O tecido conjuntivo é responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo e pelo depósito de substâncias de reserva, nomeadamente gordura. Este é constituído por 3 componentes”: células, fibras e substância fundamental. O principal constituinte é a matriz extra-celular, que engloba as fibras e a substância fundamental.
As fibras são constituídas predominantemente por colagénio (ver postagem anterior), constituindo estas tendões e cápsulas de órgãos (revestem órgãos, como o coração), existem também em paredes no interior de vários órgãos, que formam uma componente muito resistente chamada estroma, que são os tecidos de sustentação dos órgãos.
A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrolífico (afinidade para a água), que se liga a proteínas receptoras existentes nas células, conferindo assim força tênsil e rigidez à matriz. Desempenham papéis biológicos importantes, como o de reserva para organelos que controlam o crescimento e diferenciação celular.
A matriz também serve como um meio onde ocorrem trocas de nutrientes e de substâncias resultantes do catabolismo.

Filipe Amaral

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Colagénio

Como já foi referido anteriormente, os RBF´s interagem com o nosso organismo aquando da sua exposição aos mesmos. Esta exposição leva a uma elevada produção de colagénio por parte das células do tecido conjuntivo (ver postagem acima), que se deposita em estruturas cardíacas, como por exemplo o pericárdio e sobre as artérias, levando ao seu espessamento.
O colagénio é a designação de um conjunto de proteínas duras e fibrosas que são os principais componentes dos tecidos conjuntivos, estas desempenham função estrutural no organismo. Durante o processo de evolução dos organismos as proteínas são influenciadas pelo meio ambiente (por exemplo, o caso de o organismo estar exposto a RBF´s) e pelas necessidades funcionais do organismo. Esta influência leva a aquisição de variáveis graus de rigidez, elasticidade e forças de tensão.
Os principais tipos de colagénio são encontrados na pele, ossos, cartilagens e em músculos lisos do organismo, onde representa 30% do peso seco do mesmo. Nos vertebrados o colagénio produzido difere do dos outros organismos, por ter composição química, características morfológicas, distribuição e funções diferentes.

Nuno Almeida

domingo, 22 de novembro de 2009

Coloração

A Coloração é uma técnica da bioquímica que consiste em adicionar um corante específico a um substrato na célula, para qualificar ou quantificar a presença de um composto específico (DNA, proteínas, lipidos, etc.). A coloração pode ser feita em material biológico fixo ou em material biológico vivo.
As soluções de corantes que se utiliza na coloração são utilizadas para se tornar visíveis tecidos celulares (por exemplo, organelos dentro das células, fibras musculares ou tecidos conjuntivos), pois estes tecidos são incolores.
Há vários tipos de coloração que podem ser usadas dependendo do tipo de tecido que se quer visualizar. O mais comum que se usa é o mesmo que vamos utilizar na nossa metodologia, ou seja, vamos utilizar a hematoxilina-eosina (HE). A combinação destes dois corantes diferencia o núcleo, o citoplasma e os elementos extra-celulares. A hematoxilina é um corante azul-escuro, que se liga a estruturas ácidas como o DNA, pois tem um carácter básico, corando-as de azul púrpura. A eosina, pelo contrário, é um corante de carácter ácido de cor vermelha que se liga a estruturas básicas como as proteínas do citoplasma, corando-as de vermelho rosa.
De seguida procede-se à montagem das preparações definitivas, para numa altura posterior proceder-se à microscopia (visualização no microscópio).

Filipe Amaral e Nuno Almeida

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ruídos de Baixa Frequência


O ruído é um som ou conjunto de sons desagradáveis e/ou perigosos na medida em que são capazes de alterar o bem-estar fisiológico ou psicológico das pessoas, de provocar lesões auditivas que podem levar à surdez e de prejudicar a forma com as pessoas trabalham.

A frequência é o número de vibrações (oscilações) que ocorrem num determinado intervalo de tempo. O ouvido humano é perceptível às frequências que se situam entre os 20 e os 20 000 Hz. Os sons com frequências abaixo de 20 Hz são considerados infra-sons e os que possuem frequência superior a 20 000 Hz designam-se ultra sons.

Os ruídos que possuem uma frequência menor ou igual a 500 Hz são denominados ruídos de baixa frequência. Estes têm reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo como poderíamos ser levados a pensar. Podem causar vários distúrbios como por exemplo alterações significativas de humor, diminuição da capacidade de concentração, maior produção de colagénio que deposita-se nas artérias e nas outras estruturas cardíacas provocando o seu espessamento entre muitos outros efeitos. Apesar do ouvido humano não notar a maior parte dos ruídos com frequências abaixo dos 500 Hz, o nosso corpo reage a estes ruídos pois não os ouvimos, mas sentimos.

Filipe Amaral

Diagnóstico da Doença Vibroacústica

Frequentemente os doentes da DVA (Doença Vibroacústica) são considerados hipocondríacos ou extremamente sensíveis pelos médicos e profissionais de saúde, pois não pensam numa doença a sério quando são confrontados com queixas envolvendo quase todos os órgãos e sistemas.
Um dos comentários habituais dos médicos perante um paciente com DVA é “está a fazer – se à baixa”. Em outras ocasiões os sintomas são confundidos com situações de stress extremo, pois nestas também já foram identificadas lesões cerebrais semelhantes e decréscimo cognitivo.
É compreensível o facto de a DVA não ser facilmente identificada, pois um médico dificilmente envia um doente diagnóstico com epilepsia (um dos efeitos desta doença) para efectuar um ecocardiograma (o que mostraria os problemas a nível cardíaco).
Alguns cientistas dizem que a primeira vez que a primeira vez que viram a DVA foi nos anos 70 em enquadramentos militares, sendo nesta altura diagnosticado como Síndroma da Fadiga Crónica.
Os vários estudos que têm sido desenvolvidos são muito importantes, pois contribuem para a definição dos valores das frequências que causam a DVA e permitem identificar muitos dos seus efeitos.

Carla Raposo e Tiago Costa

Da Inclusão à Microtomia


Como já foi referido anteriormente a inclusão é um processo extremamente importante para a elaboração das preparações definitivas, este processo consiste na inclusão em parafina das amostras. A parafina é a base de sustentação do tecido, ou seja, é o suporte que permite o corte dos tecidos, é utilizada pois é imiscível com a água substituindo deste modo a água existente nas células. Posteriormente à inclusão procedesse à microtomia.
A microtomia é uma técnica histológica que consiste no corte das amostras em secções com uma espessura geralmente de 1 à 10 μm (micras) utilizando para tal um micrótomo rotativo. Este aparelho é fundamental para o processo, pois os cortes efectuados permitem que estes sejam observados ao microscópio.
Posteriormente aos cortes, estes são colocados em água fria de modo a flutuarem, o que permite o esticamento do corte, de seguida são colocados em água morna onde completam o esticamento, evitando assim dobras. Após esta fase o corte é recolhido por uma lâmina de vidro previamente identificada. Por fim procede-se à coloração (de modo a certas estruturas da célula tornarem-se visíveis).

Nuno Almeida

sábado, 14 de novembro de 2009

O que é um Sonómetro?


Na semana passada realizamos as medições do som de modo a analisarmos as frequências existentes no local 1 (ver postagem anterior). Para tal utilizámos o sonómetro e o microfone. E então o que é um sonómetro? Um sonómetro é um aparelho de medição que regista sons e ruídos tendo em conta diversas grandezas físicas, das quais são exemplos a frequência e o decibel ou dB (submúltiplo da unidade bel).
O aparelho que utilizámos é o 2260 Investigador da marca Brüel & Kjær que conta com um microfone que serve para captar o som não muito superficial.
Quando chegámos ao local 1 tivemos que ajustar o sonómetro a uma gama de grande sensibilidade, para conseguirmos captar e registar as baixas frequências. Medimos o som numa escala de 1,6 – 81, 6dB.
Para registos que ultrapassam a gama do som na escala acima referida o aparelho usa o termo overload.
No final das medições os dados ficam no sonómetro o qual ligamos posteriormente a um computador e com o programa adequado são elaborados gráficos dos registos efectuados.
Tiago Costa

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

1ª Saída de campo para medição do som no local 1

O passado dia 6 de Novembro marcou um grande passo para o nosso projecto, iniciamos as medições sonoras através das quais vamos analisar as frequências existentes no local 1.
Para efectuarmos essas medições contámos com o apoio do assistente técnico especialista em metrologia legal e acústica da Câmara de Ponta Delgada o senhor Carlos Trabuco.
Nas medições necessitamos de um sonómetro e de um microfone, o primeiro regista o som e o segundo capta-o. Foi necessário colocar o microfone a 4 m de altura, de modo que as medições efectuadas fossem o mais correctas possível, pois ao nível do solo as medições são mais facilmente afectadas pelo ruído dos carros a passar por exemplo.
Efectuaram-se medições em quatro locais diferentes da área envolvente do local 1, tendo estas de ser realizadas duas vezes de modo a que os dados fossem os mais fidedignos possíveis. A duração de cada medição foi de 10 minutos, pois na legislação está estipulado que uma medição do som para ser considerada válida necessita que a sua duração não seja inferior a 30 minutos no total.
Os dados adquiridos serão posteriormente analisados de modo que possamos retirar as nossas conclusões.
Mais uma vez estamos agradecidos à professora pela sua disponibilidade e empenho, estamos também gratos ao assistente técnico da Câmara de Ponta Delgada pelas mesmas razões-

Carla Raposo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que são seres vivos bioindicadores?


Como todos já sabem escolhemos utilizar o Helix aspersa como ser vivo sentinela, ou seja, bioindicador do nosso trabalho. As razões para a sua escolha já conhecem (ver postagem «Helix aspersa o escolhido»).
O que é um bioindicador? É uma espécie ou comunidade biológica que reflecte o estado biótico ou abiótico do ambiente em que se insere (estado biótico - relações que estabelece com os outros seres vivos do ecossistema, estado abiótico – condições ambientais, poluição, temperatura, luz, etc) tendo em conta a sua presença, abundância e condições.
Os bioindicadores permitem relacionar factores antrópicos, como ruído por exemplo ou factores naturais com o impacto que causam no ambiente. Existem várias razões para a utilização de bioindicadores algumas delas são o facto de fornecer sinais rápidos sobre problemas ambientais, mesmo antes de ser possível identificar a sua ocorrência e gravidade, o facto de permitir descobrir as causas e os efeitos dos factores antrópicos ou naturais que causaram as respostas biológicas e o facto de ser através deles possível avaliar a efectividade de acções mitigadoras tomadas para tentar restabelecer o equilíbrio anteriormente existente.



Carla Raposo

sábado, 7 de novembro de 2009

Helix aspersa o escolhido


Muitos de vós de certeza já se perguntaram o porquê de termos escolhido o Helix aspersa, verdade?

Pois eu respondo o Helix aspersa é o caracol de jardim como todos nós sabemos, mas o que é que o distingue de muitos dos animais que conhecemos? A velocidade de locomoção, pois o Helix aspersa é muito lento a movimentar-se, ficando assim exposto muito tempo aos ruídos de baixa frequência nos locais a analisar.
A outra característica do Helix aspersa favorável para ter sido escolhido como bioindicador foi o facto de a sua glândula digestiva ser de fácil remoção e de o espécime a poder regenerar, podendo assim viver depois da sua extracção e finalmente por ser um bom organismo controle.
Foi devido a essas características que o Helix aspersa foi o escolhido e não outro.


Tiago Costa