segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"A Doença Vibroacústica"

A doença Vibroacústica foi identificada há relativamente pouco tempo. Foi em 1987 que se efectuou a primeira autópsia de um doente falecido com DVA e só em 1992 iniciaram-se os estudos em modelos animais expostos a RBF (Ruído de Baixa Frequência) com intuito de adquirir maior conhecimento sobre a causa desta doença.
Apesar das suas consequências devastas para o organismo, o RBF não está legislado, sendo deste modo permitido que prolifere em quase todos os sectores de actividade humana, não só nos técnicos de máquinas e trabalhadores fabris, mas também em muitas actividades de lazer e em muitos enquadramentos de transportes públicos. A legislação presentemente adoptada é inadequada e prejudica imenso o avanço científico. Apesar de claras evidências científicas que demonstram que fenómenos acústicos afectam mais do que apenas o ouvido, o «ruído» continua a ser avaliado partindo do princípio que só o que é audível é prejudicial. A doença vibroacústica nunca poderá ser identificada como uma patologia ambiental e ocupacional sem que o RBF, o seu agente causador, seja também reconhecido e adequadamente avaliado.A exposição a RBF tem efeitos mutagénicos o que é evidenciado pelo acréscimo do desenvolvimento de tumores entre as populações humanas, e de metaplasias e displasia em populações animais, além de induzir o espessamento das estruturas cardíacas, como já foi referido anteriormente. O tempo de exposição determina os sinais/sintomas demonstrados pela população sujeita a ambientes com RBF, sendo tanto mais graves quanto maior o tempo de exposição, como pode ser compreendido através dos dados seguintes:

->Estádio I – ligeiro
(1-4 anos)
Ligeiras alterações de humor, indigestão e pirose, infecções da oranfaringe e bronquite.

->Estádio II – moderado
(4- 10 anos)
Dor no peito, alterações de humor bem definidas, dores lombares, fadiga, infecções da pele por fungos, vírus e parasitas, inflamação da superfície gástrica, dor a urinar e sangue na urina, conjuntivite e alergias.

->Estádio III - severo
(mais de 10 anos)
Distúrbios psiquiátricos, hemorragias da conjuntiva e dos epitélios nasal e digestivo, varizes e hemorróidas, úlceras duodenais, cólon espástico, decréscimo na acuidade visual, cefaleias, dores articulares e musculares intensas, alterações neurológicas.

Dados do estudo realizado pelo médico Nuno A. A. Castelo Branco e pela doutora Mariana Alves Pereira.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Processo experimental após a extracção da glândula digestiva

Durante esta semana procedemos ao restante procedimento experimental com vista a obtermos as preparações definitivas com as amostras das glândulas digestivas do Helix aspersa.
Procedemos à fixação das amostras das glândulas digestivas, processo que evita a autólise das células (degradação espontânea que todos os tecidos sofrem, em graus diversos, devido à acção de enzimas produzidas pelas suas própias células). Após este processo procedemos à desidratração, que consiste numa sucessão crescente de alcóois de 70-100%. De seguida procedemos à inclusão, um processo moroso, mas extremamente importante para a elaboração das preparações definitvas. Iremos proceder agora à microtomia.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"1ª Saída de Campo"


Sexta-feira realizámos a nossa primeira saída de campo, com o intuito de recolher os primeiros Helix aspersa, no local 1.
Inicialmente foi difícil encontrar os espécimes, contudo após uma longa procura encontrámos vários no mesmo local, o que nos deixou muito entusiasmados.
Encontrámos cerca de 40 Helix aspersa, dos quais seleccionámos cerca de 20. Os nossos critérios de avaliação foram: a massa, a largura e o facto de serem adultos ou não. Os escolhidos foram aqueles com massas compreendidas 3 e 6 gr e largura entre 2,5 e 3 cm. Procedemos à medição da massa com uma balança digital e da largura com uma craveira. Após este processo extraiu-se a glândula digestiva e deu-se início a todo o restante processo.Durante a saída de campo e o restante processo contámos com o auxílio da nossa professora da área curricular, à qual estamos agradecidos pela sua disponibilidade.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caracterização taxonómica e morfológica de Helix aspersa

Helix aspersa é o nome científico do caracol de jardim comum. Este animal vai servir de bioindicador no projecto que estamos a desenvolver “Desenvolvimento de um programa de biomonotorização sobre a doença Vibroacústica”. Fica aqui algumas características do Helix aspersa. Nome Científico: Helix aspersa;
Nome Comum: Caracol de Jardim;
Reino: Animalia;
Filo: Molusco;
Classe: Gastrópode (significado digestão no pé);
Ordem: Stylommatophora; ´
Família: Helicidae;
Género: Helix;
Reprodução: Sexuada, podendo ser cruzada (com parceiro) ou auto fecundação (pois o caracol é Hermafrodita).
Alimentação: Herbívora.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

"Estudo explica possíveis infecções causadas por ruído"

A exposição ao ruído de baixa frequência pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva, originando o aparecimento de cáries dentárias e infecções na cavidade oral e faringe.

A investigação, realizada por Pedro Oliveira, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), conclui que a exposição ao ruído de baixa frequência tem efeitos nocivos na maior glândula salivar, a glândula parótida, o que pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva.
Os ruídos de baixa frequência, abaixo dos 500 hertz, apesar de poderem ser notados pelo ouvido na maioria dos casos, não parecem incomodar, mas geram uma reacção do organismo em casos de exposição prolongada.
Depois de estudos científicos terem identificado que o ruído de baixa frequência, associado à doença vibro-acústica, afecta órgãos como o coração, os pulmões ou o estômago, a investigação realizada por Pedro Oliveira, no quadro da sua tese de doutoramento, prova que este tipo de poluição ambiental também provoca efeitos nocivos na glândula parótida.
O trabalho realizado no ICBAS conclui que este tipo de ruído origina a destruição da glândula parótida, conduzindo a uma redução da produção de saliva, que é um importante elemento de defesa das estruturas orais
.


Adaptado Diário de Notícias, Edição 25 de Março de 2009

"Vibro acústica é nova doença dos hipersensíveis ao som"

Quando chega a casa, João põe a televisão aos berros. Ouve mal e precisa de aumentar o volume. António faz o inverso, baixa-o, pois não suporta o ruído.

Dois casos fictícios que ilustram situações opostas. João sofre de surdez. António de doença vibro-acústica, patologia provocada por ruídos de baixa frequência que podem estar na origem de problemas cardíacos, respiratórios e epilepsia.

A sensação de "ouvir bem de mais ou ouvir coisas que os outros não ouvem" é típica de quem tem a doença vibro-acústica e algo que pode ajudar os médicos a detectar esta "nova" patologia. O diagnóstico tem sido complicado, tanto pelo desconhecimento como pela variedade de sintomas que os doentes apresentam.
E onde se encontram os ruídos de baixa frequência? Em todo o lado.
A doença vibro-acústica é uma novidade para a comunidade médica. Até porque ainda não se sabe tudo sobre a patologia.
Apesar dos resultados, a patologia não consta da lista das doenças profissionais. José Emílio Pires, vogal do Centro Nacional de Riscos Profissionais, explica que, desde que haja um parecer médico dizendo que a doença decorre da actividade profissional, o caso é avaliado e o doente pode receber apoio do Estado.


Adaptado do Diário de Notícias, edição 12 de Março 2007

sábado, 10 de outubro de 2009

"Formação com o Doutor Armindo Rodrigues"

Para o desenvolvimento do projecto será necessário a aplicação de várias técnicas experimentais, algumas das quais já conhecidas por nós, no entanto será necessária a aprendizagem de outras.
Com esse intuito na última aula de Área Projecto tivemos formação com o Doutor Armindo Rodrigues, professor auxiliar no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. Inicialmente falámos sobre o projecto, os seus objectivos e os conhecimentos que adquirimos nas últimas aulas através da pesquisa realizada. Posteriormente o professor deu-nos algumas informações gerais sobre o Helix aspersa, o modo como respira, se reproduz, entre outras. De seguida procedemos à aprendizagem da técnica de extracção da glândula digestiva do Helix aspersa, para tal o doutor Armindo demonstrou a técnica em alguns caracóis para que a pudéssemos entender. No final o professor deu-nos alguns conselhos sobre os locais de recolha, o número de espécimes a recolher e os cuidados a ter na extracção da glândula digestiva do Helix aspersa.
A formação foi muito útil e indispensável para o desenvolvimento do projecto. Agradecemos muito a disponibilidade e empenho do Doutor Armindo Rodrigues na formação que realizou.
No vídeo seguinte surgem alguns momentos da formação que decorreu na aula de área de projecto do dia 8 de Outubro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Caracterização, objectivos e produtos finais do projecto"


10 palavras que caracterizam o projecto:
Vibroacústica, baixas frequências, Helix aspersa, estruturas cardiacas, colagénio, visitas de campo, tecido conjuntivo, microtomia, inovador e trabalho experimental.

Objectivos a atingir:

-> Biomonitorizar a doença em meio natural, pois até agora só foram realizados estudos em laboratório, utilizando ratos;
-> Adquirir conhecimentos sobre a doença Vibroacústica;
-> Conhecer e desenvolver as técnicas experimentais necessárias para o desenvolvimento do projecto;
-> Promover a divulgação da doença;
-> Aquisição de conhecimentos relacionados com as técnicas a adquirir aquando da análise da
glândula digestiva da espécie sentinela seleccionada.

Tipos de produtos finais:


-> Blogue informativo;
-> Preparações definitivas com amostras de glândulas digestivas da espécie Helix aspersa;
-> Elaboração de um vídeo informativo;
-> Apresentação final do trabalho na escola;